Fanfic Cephei Capitulo 01 - Lendas
Fanfic Cephei Capitulo 01 - Lendas
Era uma vez... Espere, acho que esse não é o jeito
mais adequado de contar a minha história! Chamo-me Igor, sou
instrutor do Templo de Snowpoint. O.K., não é a melhor profissão
do mundo e nem a melhor remuneração, mas é o que o destino me
reservou!
Pelo menos quatro vezes por semana faço um acompanhamento com
treinadores que vem ao porto e outros que desafiam a líder do
ginásio, Candice.
Apesar de ela ser a representante de nossa cidade, nunca, nenhuma vez
sequer a vi nesses quase dois anos que moro nessa cidade. Isso deve
ao simples fato que apenas saio de casa para o trabalho e do trabalho
para casa. Nevar não me faz muito bem, por isso odeio ficar
perambulando por essas bandas.
Eu moro sozinho e não tenho muitos amigos, além dos meus quatro
Pokémon.
Não enfrento uma batalha Pokémon há muito tempo, mas quem disse que
tenho vontade de visitar o Ginásio e assistir alguma coisa? Prefiro
mais o meu cobertor felpudo! Para alguém que veio de Moosdeep, sem
dúvida é a melhor opção!
Um dia eu precisei fazer uma vistoria no Templo. Isso acontece mais
ou menos uma vez a cada quinze dias, pois no último andar do subsolo,
existe uma estátua de um Regigigas que atrai muitos curiosos e isso
prejudica alguns artefatos históricos que podem quebrar com esses
meliantes.
Em uma noite de vistoria qualquer, me agasalhei bem, peguei minhas
quatro Pokébolas e segui rumo ao Templo. Fui descendo um andar de
cada vez observando todos os cantos. Nos primeiros dias de vistoria
eu ficava com medo, hoje em dia, eu sonho em encontrar um pivete
curioso e batalhar finalmente! Mas sempre que acho um, ele corre e
não dá tempo... Sim, é lamentável!
Quando fui descendo as escadas para o último andar do subsolo,
escutei vozes! Uma jovem (Muito bonita por sinal) estava amarrada e um
brutamontes (Estilo aqueles lutadores de vale tudo) a estava
segurando ao lado de seu Machoke.
Outra mulher (Tão bonita quanto, mas com um vestido um pouco – um
pouco é elogio – Feio!) falava baixinho algumas coisas.
Aproximei-me com cautela para tentar ouvir o que ela dizia!
- Então,
o que esta esperando? – A voz dela era suave, nem soava tanto como
imposição.
-
Eu nunca direi... Só eu sei e só eu saberei e se me matar
aqui e agora, jamais vai descobrir, sua... – O brutamontes a
empurrou no chão – Ai...
-
Diga logo sua ordinária!
-
Palavras pesadas – Sussurrei ao ouvir aquele troglodita com voz
grave falando.
Me doía o coração vê-la sendo pressionada daquele jeito. Eu
poderia aparecer e fazer o que todo segurança que surge do nada
dizendo “quem está ai?”... Mas quem disse que ele aproveita o
momento? A minha vida não tinha muita emoção e diante de mim
estava vivenciando uma cena imperdível!
-
Diga as palavras Agatha! – A mulher falou mais alto.
-
Eu... Nunca... Direi...
-
Você tem o colar com a essência dos três Regis, você vai libertar
Regigigas! – Ela começou a dar uma gargalhada forçada.
Notei um colar em seu pescoço com três brilhos. Um Azul, outro Preto e o de baixo Marrom.
Foi neste exato momento que a magia acabou. Eu fui tentar me
aproximar mais e acredite, tropecei em um fio caindo de boca no chão
gelado. Da escuridão, uma câmera caiu junto com um rapaz que a
carregava e todos olharam para mim.
-
O que esta acontecendo? – Disse o Brutamontes.
-
Corta! – Um rapaz meio “fresco” surgiu jogando o cachecol para
trás – O que pensa que esta fazendo garoto? Isso é uma gravação
particular!
Levantei meio dolorido, com um corte na bochecha do tombo.
-
Eu que digo, vocês não deviam esta aqui...
O homem estalou os dedos e um rapaz magrelo trouxe um papel
entregando a ele.
-
Tenho aqui um documento assinado pela Candice autorizando a gravação
do fabuloso filme “Regigigas, a lenda” e vamos ter que regravar
essa cena porque esse curioso de merda atrapalhou... Ai, estou com
enxaqueca, Tacio, me traga a aspirina!
-
Espere um pouco, eu sou o instrutor desse templo e não tenho ciência
desse documento...
-
Isso porque você é um subordinado de pouca importância...
O interrompi, furioso!
-
Espere um pouco aqui o Gorebyss Macho – Peguei pesado –
Se você entende a minha língua, disse que sou o responsável pelo
templo, não é a Candice, eu que tenho a autonomia de autorizar quem
quer que seja para fazer qualquer coisa nas dependências do Templo,
agora faça o favor de se retirar.
-
Você está pedindo que eu acione meus advogados? Saiba que vou acabar
com essa sua vidinha medíocre!
-
Vida medíocre no qual você precisa da minha autorização para
gravar o seu filme idiota!
-
Oh... – Ele colocou a mão no peito – Idiota? Você nunca viu
“Raikou, o raio estrondoso”?
Parei para pensar.
-
Não!
-
Sem cultura, sem vida...
-
Sem educação, agora faça o favor de saírem daqui imediatamente!
-
Não se preocupe criança que ainda assiste Amiguinhos do
Wigglytuff, estamos retirando os nossos equipamentos... Pessoal,
retomamos a gravação assim que eu ter uma conversinha com a
Candice.
Indiquei o caminho pelas escadas até notar que todos estavam saindo
do subsolo com aqueles fios, câmeras e rostos estranhos.
Após todos saírem, ficou apenas uma pessoa ali, me observando.
-
Falta você sair moça! – Fui direto, estava furioso.
-
Eu vou sair...
E a encarei em silêncio, esperando ela sair.
-
E então...
-
Como pode ser tão frio? É só um filme...
-
Isso é um Templo, aqui tem obras históricas que precisam ser
preservadas, sabe a gravidade de um fio enroscar e derrubar algo? Sem
tirar o fato do peso... Este Templo não suporta mais do que quinze
pessoas e quantas tinham aqui, trinta? Trinta e cinco? Não é só
pegar uma autorização e pronto, sou dono do lugar...
-
Você é muito petulante sabia?
-
E você já devia ter saído!
Ela deu um passo sentido à escada e jogou o cabelo para trás...
Depois se virou para mim.
-
Preciso de ajuda...
Eu a encarei, confuso.
-
Nessa confusão toda, esqueceram de me desamarrar!
Eu quis rir, mas estava bravo demais para cair na gargalhada naquele
momento. Eu a desamassei e indiquei a escada. O Templo tremeu e o
gelo do teto caiu sobre nossas cabeças.
-
O que foi isso? – Ela disse assustada
-
Não sei... Espero que a irresponsabilidade de vocês não tenha
abalado o tempo...
Outro tremor, mas dessas vez, eu simplesmente corri para a escada guiando-a em segurança pelo lugar.
Atravessamos dois andares e estávamos a um andar da saída quando
uma espécie de canhão atravessou o templo pelo meio me fazendo cair
da escada e segurando a moça.
A estrutura de cima cedeu, não pensei duas vezes, terminei de subir
a escada e vi um buraco imenso que nos impedia de chegar à porta.
-
Snover, vai... – Joguei o Pokémon que olhou o lugar completamente
assustado – Sopro gelado, rápido!
Ele fez o golpe que criou uma ponte fina.
-
Corra! – Disse a moça que sequer pensou duas vezes, eu a segui e retornei meu Snover.
Quando sai do templo, contei menos de vinte segundos para que toda a
estrutura cedesse e aquele lugar virasse um buraco no meio do gelo.
Toda a equipe de cinema estava ali, filmando tudo, pois deveriam ter
notado o tremor.
-
Eu não... – O diretor colocou a mão na boca, estupefato.
-
Paollo... Veja isso! – Correu um câmera mostrando uma imagem ao
diretor.
-
Que raio é esse? – Ele perguntou apontando a tela.
Me aproximei para ver ao longe.
O câmera pausou a cena em que um raio surgia do nada de dentro do
templo para fora. A imagem era apenas um ponto de luz no céu escuro.
Quando ele deu um zoom, pode ver melhor quem era. Toda equipe
arregalou os olhos e o diretor desmaiou. A misteriosa luz era o
Regigigas!
Poucos instantes depois, eu estava na entrada do Ginásio com Paollo,
o diretor frufru.
-
Como assim a Candice não está...
-
Ela simplesmente não está! – Disse uma das treinadoras que a
acompanham no ginásio – Hoje cedo ela cancelou uma batalha com um
treinador que desejava a insígnia e remarcou para daqui a três
dias!
-
Ela volta só daqui a três dias? – Ele bufou – Preciso urgentemente falar com ela minha querida, você não entendeu?
-
Lamento, mas não faço milagres!
Tentei não rir.
-
Tudo bem, vou ter que esperar ela voltar de qualquer forma – Abri
um sorriso e resolvi sair.
A voz do diretor já estava me irritando profundamente. Eu apenas o
escutava gritando com a moça que insistia em ser simpática, mas por
dentro, ela tinha a mesma vontade que eu, dar um tapa duplo na
cara dele!
Na porta do Ginásio estava a atriz junto a um rapaz que eu nem fazia
ideia de quem era.
-
Olá! – Ela sorriu – Ela não está, certo?
-
Isso...
-
O Pedro me disse que ela vai ficar longe.
-
Pedro?
-
Eu! – Disse o rapaz estendendo a mão.
-
Ah, sim... Igor! – Apertei a mão daquele desconhecido.
-
Eu sou um treinador, vim desafiá-la, mas já me informaram que ela
não está.
Respirei fundo, lamentando.
-
Vamos ter que esperar, certo – Fui me afastando querendo me livrar
deles.
-
Ou... – Pedro sorriu e notei que a atriz correspondia.
-
Ou...? – Torci o rosto, confuso.
-
Sou um treinador, não tenho nada a perder e adoro me aventurar, eu
não vou ficar aqui parado sabendo que a Lenda do Regigigas era
verdade – Ele fechou o punho, confiante – A Sandra – Apontou
para a atriz – Disse que topa descobrir, mas precisamos de alguém
que conheça a história mais do que nós.
-
Isso é tão fascinante – Notei os olhos dela brilhando.
-
Legal! – Respondi, dando de ombros até notar que eles me olhavam
com outros objetivos, enfim, caiu a ficha – Espera, estão querendo
que eu participe disso?
-
Fala sério Igor, você trabalha no Templo que nem existe mais, o que
custa se aventurar? – Ela jogou o cabelo e ajeitou o cachecol.
Respirei fundo e refleti.
-
Tudo bem – Notei os olhos deles enchendo de brilho – Mas na
primeira oportunidade, se eu achar que isso é uma busca louca
infundada, não poderão mais contar comigo.
-
Fechado! – Responderam em uníssono.
Ficou um silêncio estranho, que eu quebrei.
-
Querem chocolate quente?
Era a primeira vez que levei desconhecidos à minha casa. Indiquei um
espaço que era aquecido com ar-condicionado e uma lareira, fiz
chocolate quente para nós três e me acomodei a uma das minha
almofadas.
-
Aqui é bem aconchegante! – Disse Pedro bebendo um gole do
chocolate – Nossa, isso é bom!
-
Concordo! – Sandra limpava a boca com um lenço.
-
Então... – Pedro começou a dizer o que parecia guardar a algum
tempo – O que sabe da lenda do Regigigas?
-
Pouco! – Fui sincero – O museu só tem arte histórica, aquela
estátua na verdade só foi colocado lá para sustentar o alicerce do
andar de cima.
Sandra torceu o rosto.
-
Isso é sério? Mas você não falou que o lugar não aguenta peso?
Qual a logica de colocar aquela estatua pesada em baixo...
-
Exatamente por isso, ela está em um ponto chave bem no meio, o que dá
o equilíbrio em todas as estruturas, pois o mesmo fica bem em cima
de uma rocha sedimentar.
Eles me olhavam, confusos.
-
Enfim... Onde acharam aquela estátua?
-
Pedro... Pedro é seu nome certo? – O vi fazendo que sim – Pois bem,
este templo existe a mais ou menos duzentos anos, certeza que a
estatua já estava lá... E nem me pergunte como colocaram ele ali!
Novamente olhares confusos.
-
E os outros artefatos que tinham no museu? – Sandra deu mais um
gole.
-
Coisas que tinham há muito tempo, vasos com pinturas rupestres,
totens, objetos de adoração, entre outros.
Vi Pedro abrir um sorriso esquisito.
-
Espere, objetos de adoração? Templo? - Ele coçou a cabeça –
O que na verdade era adorado neste templo?
-
Acho que era Arceus, não sei... Não tem sequer um registro disso!
Ele tomou o resto do chocolate e se acomodou na cadeira,
completamente inquieto.
-
Estamos em círculos, nada chega a um objetivo.
Silêncio.
-
A questão é... - Chamei a atenção para mim – O porque Regigigas
estava adormecido por mais de duzentos anos e o questionamento
principal... O que o fez despertar hoje?
Aquilo gerou dúvida e percebi que a mente deles estava um turbilhão.
Confesso, a minha também estava, mas notei que tudo aquilo iria
fazer bastante sentido quando Regigigas resolvesse aparecer. Mas
claro, eu não queria esperar isso, ou talvez, eu nem tivesse
capacidade de fazer algo em relação a isso. Bateu um desânimo e uma
vontade imensa de desistir, até que refleti sobre mim.
Não tenho mais trabalho (Pelo menos por enquanto), os jornalistas
logo vão estar em SnowPoint, tem um Regigigas solto e eu, queira ou
não, posso finalmente ter uma aventura!
-
Nem sei por onde começar... – Bufou Sandra também terminando o
chocolate quente.
Pensei um pouco.
-
O que temos?
-
Oi? – Disse Pedro.
-
O que temos de ferramentas?
-
Nossos Pokemon? – Ele questionou.
Era um treinador, sem dúvida iria responder isso.
-
Também, podemos ver o que temos para ajudar na busca... Mas temos
que obter mais informações, sei que aqui de SnowPoint sai um barco
para Canavale, lá tem uma biblioteca!
-
Não vejo problema de irmos, até porque, vim exatamente de lá!
– Pedro sorriu, confiante.
-
O filme não vai continuar mesmo, então posso ir também.
-
E meu trabalho está fechado por tempo indeterminado... Acho que
podemos tentar! – Eu finalmente abri um sorriso, sentindo meu
coração queimar, cheio de adrenalina.
Pedro levantou e mostrou cinco Pokébolas.
-
Eu tenho só três – Disse Sandra, desanimada.
-
E eu quatro! – Respondi rapidamente.
Senti que Pedro esperou que alguém dissesse quais os que tinha,
como ninguém disse, fez o favor de “jogar na cara”.
-
Eu uso meu Skuntank, meu Gallade, a minha Gastrodon, um Zangoose e
uma Magmar!
Sandra arregalou os olhos.
-
Sou mais simples, tenho uma Vulpix, um Rufflet e uma Misdreavus!
Tentei não ser tão esnobe e disse os meus também.
-
Um Snover, um Camerupt, um Joltik e um Shelmet!
Silêncio.
Percebi que Pedro sentiu seu ego inflar quando notou que mesmo sendo o mais novo, possui os Pokemon mais fortes entre nós.
Percebi que Pedro sentiu seu ego inflar quando notou que mesmo sendo o mais novo, possui os Pokemon mais fortes entre nós.
Não demorou muito para surgir cada vez mais pessoas naquela cidade.
Todas tirando fotos e procurando Candice para dar entrevista sobre o
templo. Misteriosamente, ela não iria voltar mais em três dias,
seria um mês, devido a seus afazeres de extrema importância (Uhum,
sabemos...).
Ninguém queria saber do babaca (Eu) que cuidada do templo, na
verdade, eles sequer sabiam da minha existência. SnowPoint é uma
cidade do tamanho de um ovo de Togepi, existem poucos moradores, um
hotel e o Ginasio. Eu moro em uma casa simples longe do templo. Eu
vou da minha casa ao trabalho e do trabalho a minha casa, meu
Camerupt me ajuda a esquentar a casa, o que me evita ir buscar lenha
e raramente vou ao mercado!
Tudo bem, eu queria que alguém me procurasse nem que seja para dizer
“ei, o que você viu?”.
O que mais me irritava, era o Paollo falando de seu filme e as cenas
do acontecido sem duvida fariam parte.
Se eu tivesse um Abomasnow agora, sem duvida iria pedir para acertar
uma arvore naquele nanico invocado!
Mas, infelizmente não seria possível, pois devido à devastação
das matas nos últimos anos e as queimas, este golpe está estritamente proibido! Preservação da natureza é mais, acertar a
cabeça do diretor também é mais, perder meu tempo com isso é
menos!
Cheguei ao cais e encontrei Jeorge, um dos poucos que conhecia na
cidade.
-
Olá amigo, tudo certo? – O cumprimentei.
Ao lado dele havia um Hitmonlee que o ajudava sempre!
-
Isso aqui está um fuzuê... Felizmente, gerando bons lucros!
-
Isso é ótimo – Sorri – Eu gostaria de ir a Canavale e...
-
Você adora aquela biblioteca, confesse! – Ele me deu dois tapas e
seu Hitmonlee sorriu – Sempre que está uns dias de folga, me pede
para leva-lo até lá!
-
Eu realmente gosto – Sorri sem graça – Sou museólogo, preciso
me atualizar.
-
Ficar aqui virando Vanilluxe não dá – Ele gargalhou alto.
Sorri sem graça.
-
O que ouve aqui? Aquele templo velho caiu foi?
Ele não sabia de nada, achei melhor.
-
Desmoronou!
-
Por Arceus... Feliz que você está bem meu camarada!
Sorri sem graça, até porque, estava bem feliz por isso também.
-
Preciso de um favor...
-
Diga?
Odiava isso no Jeorge, ele era capaz de me interromper antes que eu
concluísse a frase. Corta completamente o meu raciocínio.
-
Que me leve a Canavale! – Já havia dito, mas o assunto pendeu a
outro assunto.
-
Claro! – Ele pensou – Acho que vou hoje mesmo, levar algumas
pessoas à Caverna de Metal, vou sair umas vinte e duas horas, acha
tarde?
-
Não... Perfeito! – Agradeci – Te encontro no porto esta hora.
Ele sorriu e acenou enquanto me afastava.
Bati as minhas luvas uma na outra para tirar o gelo. De todas as
pessoas no mundo que eu poderia trombar, foi exatamente a que eu não
queria. Adivinha? ISSO MESMO, o diretor Paollo ou como prefiro
chama-lo, Gorebyss Macho!
-
Não olha por onde anda criatura?
Criatura? Bom, eu sou calmo até a página dois, logo me dá um
ataque Rage e segurem-se! O que eu fiz? Respirei fundo!
-
Desculpe.
-
Depois que atropela feito um Taurus vem pedir desculpas?
Ham?
-
Gostaria que eu pedisse desculpas e depois te atropelasse? – Isso
realmente não fazia sentido algum.
Ele torceu o rosto.
-
Me deixe passar antes que eu me contamine com a sua insignificância.
-
O que não faria muita diferença... – Disse baixinho.
-
O que disse?
-
Vá com Arceus! – Acenei e resolvi sair logo antes que ele
começasse aquele discurso cheio de palavras ofensivas e de pouco
embasamento.
Sandra e Pedro já estavam em casa. Ela carregava uma mala gigantesca
enquanto Pedro tinha apenas uma mochila cheia de miudezas. Eu fiquei
entre os dois. Uma mala simples com exatamente o que eu precisava.
Saímos já no anoitecer, me certifiquei que as janelas e portas
estivessem bem fechadas, pois tinha certeza que muita gente iria
surgir nessa cidade nos próximos dias.
Dirigimo-nos até o porto, onde Jeorge recebia meia dúzia de
pessoas.
-
Olá Igor! – Ele me deu aquele tapa nas costas novamente – Vamos,
entrem!
Felizmente não o vejo todo dia, pois se não, já teria as costas
calejadas.
Acomodamos-nos com outras pessoas com rostos mais estranhos que você
possa imaginar. A viagem até Canavale demorava mais ou menos oito
horas com o barco do Jeorge. Então resolvi tirar um cochilo!
Quando o sol estava nascendo, eu levantei um pouco torto e com dores
nas costas. Todos ainda estavam dormindo. No fundo, tinha um gordo
que roncava demais... Por Mesprit! Aquilo era quase um Sleep
Talk!
Espreguicei-me. Fui ao banheiro escovar os dentes... O barco parou!
Subi as escadas para verificar se já havíamos chegado em Canavale!
Jeorge estava estupefato, olhando o oceano. Ainda estávamos no meio
do mar e eu via ao longe... Bem ao longe, a cidade de Canavale,
apenas mais um pouco a frente, estava a Caverna de Metal.
Cheguei ao seu lado e o vi olhando em um binóculo, nervoso, agitado.
Coloquei a mão em seu ombro e ele pulou no susto.
-
Jeorge, que foi? – Ele respirava rápido e nem conseguia formar
direito uma frase.
-
Veja isso... – Foi só o que entendi.
Peguei o binóculo e olhei a Caverna de Metal. Normal como sempre.
Quando observei a cidade... Bom, estava diante de mais uma surpresa.
Canavale estava inundada. Não por completo, mas parecia que uma onda
havia coberto meio metro da cidade. Ao longe, vi se aproximar uma
onda e Jeorge virou o mastro tão rápido que quase cai.
Dei mais zoom no binoculo para entender porque a onda estava indo
contra a maré. Linhas vermelhas se formavam dentro da onda. Meu
coração quase saiu pela boca, eu não podia acreditar... Um Kyogre
estava vindo em nossa direção!
Revisão: Rafha
Postado por
Unknown
às
23:39 em 16/01/2014
Sobre Unknown
Muito bom, me deu vontade de continuar lendo.
ResponderExcluirAe Rafa!! Não sabia que tinha vindo para cá. Espero que faça sucesso
ResponderExcluir