Fanfic Cephei Capitulo 02 - Caos
Fanfic Cephei Capitulo 02 - Caos
Mistralton
apaga as luzes, está na hora de descansar, apenas se ouvia alguns
vôos noturnos que saiam até meia noite, depois deste horário, o
aeroporto é fechado. Ultimamente as cidades estão em alerta,
algumas tempestades fora de controle e nada esperado pelos
meteorologistas, sendo assim, algumas pessoas resolveram se precaver.
Uma luz ainda brilha em uma das casas de Mistralton, bem leve,
escondida por entre uma pilha de livros e lá esta um garoto lendo
sobre algumas espécies enquanto seu Litwick se aproxima mais da
página para que suas linhas fiquem legíveis.
-Obrigado!
- Diz o garoto acariciando seu Pokémon – Vejamos aqui – Ele vira
a folha – Aqui diz que você é um Pokémon do tipo Fantasma e que sua
fraqueza é seu próprio tipo, isso não lhe parece fascinante?
O Pokémon olhava as páginas que mostrava alguns desenhos de uma
Misdreavus e um Bannete.
Um ruído começou a soar atrás da porta, ele correu para ouvir,
encostou-se próximo silenciosamente e ouviu o barulho da televisão.
-Minha
mãe esta vendo a Liga Pokémon – Ele sussurra enquanto Litwick se
aproxima para ouvir também – É a luta do meu irmão, eu posso
ouvir o som de seu Dragonite... - O garoto bufa indignado – Ela tem
mais orgulho dele do que de mim...
Litwick tenta consolá-lo ao ver que ele esta para chorar, resolve se
ajeitar e deitar na cama, Litwick se aproxima de sua Pokébola na
cabeceira.
-Não,
pode dormir ai hoje... Não me deixe sozinho! – Ele acaricia seu
pokemon e descansa enquanto Litwick apaga sua luz.
Um vento forte abriu a janela, um sopro gelado que faz o garoto se
cobrir, mas o vento insiste e ele se levanta para fechar a janela.
Litwick acorda e se aproxima da também, o garoto observa ao longe,
nenhuma folha mexe, o vento vem direto em seu rosto, ele se enrola no
cobertor, Litwick sobre em seu ombro e ele pula a janela seguindo o
vento que não leva a lugar algum.
Ele rodopia até dar de frente com um olhar sombrio na sua frente.
-Afaste-se
– Ele pula para trás e Litwick, mesmo com medo, se prepara para
lutar – Litwick, use o...
O vento novamente, o Pokémon era imenso, o pequeno Litwick não teria
chance, mas ele não queria lutar, e tentava se aproximar, mas ao
ver que o menino se assustava ele recuava, parecia gostar do garoto
ter medo e persistir em estar ali, sentia a coragem dele de saber que
não pode vencer e mesmo assim estar ali.
-Meu...
Meu nome é Adrian e você quem é?
O imenso Pokémon parecia estar esperando algo, Adrian deixou ele se
aproximar e dar uma baforada gelada em seu rosto, ele parecia indicar
algo.
-A
minha Pokébola? O que quer? Que eu capture você é isso?
O pokemon pareceu concordar com a conclusão.
-Eu
não sou bom em nada, procure meu irmão... - O garoto bufou,
sentindo-se humilhado.
O Pokémon levantou sua pata mostrando um corte leve.
O pequeno garoto se aproximou e tirou uma farpa, pelo porte do Pokémon, aquilo nem devia incomodar tanto.
-Pronto,
era só um ferimento leve, como se fosse uma pequena agulha, pode
ir... - O Pokémon baforou, ele não queria ir – Quer mesmo que eu o
capture?
O Pokémon concordou novamente. Parecia que não tinha muito o que
fazer, confiante, Adrian pegou sua Pokébola e lançou, a imensidão que
se introduzia na Pokébola era de assustar, ela mexeu uma,
duas, três vezes e apitou. Adrian ainda não acreditava que tinha
pego um Pokémon tão grande, assim tão fácil, e está ali, nas mãos
dele e de manhã iria finalmente saber o que fazer com ele.
*
* *
Um homem
ajeitava as pranchetas com a pesquisa feita nas ruas de Cinnabar, as
pessoas eram bem receptivas, devido aos turistas que normalmente
frequentavam a ilha, não só pelo ginásio, mas pelas festividades e
é claro, o passeio de barco que é proporcionado. Ele ajeitava tudo
após uma noite exaustiva e se dirige para a sua casa, sobe um
caminho de escadas e antes de chegar ao topo, entra por outro que
chega em sua casa com uma bela vista para praia, abriu a porta e foi à cozinha.
Não faz muito tempo que completou vinte e sete anos, ele se
especializou em tipo fogo, por isso conseguiu trabalhar na Ilha Cinnabar, o estudo dos vulcões ajuda bastante em relação à
temperatura e como os Pokémon se adaptam. Ele está nesta pesquisa há
um pouco mais de um ano e já chegou a inúmeros resultados. A noite
ameniza a sensação térmica, então ele trabalha a luz da lua.
Ele guarda tudo em seu armário, prepara um café, lança seus Pokémon para comer algo antes que ele possa finalmente descansar.
Slugma, Numel, Vulpix e Magby comem e se aconchegam em seus lugares
na casa para dormir, ele se ajeita acariciando Vulpix que sempre se
aproxima do sofá enquanto liga a televisão e vê uma reportagem
sobre mais uma devastação na região de Unova, é a terceira este
dia, duas cidades cobertas por neve e um grande tumulto, aviões não
saem mais, população presa na cidade, equipe de resgate, uma
confusão. Ele apenas boceja e vai para a cozinha para beber água
quando algo o chama atenção, uma cidade de Johto chegou a cinquenta
graus, isso seria impossível quando se trata de temperatura, nenhum
lugar registrou algo tão grande além de... Hoenn!
*
* *
Uma bela moça chegou à sua loja e Kirlia a ajudou a guardar as
coisas antes de abrirem. Ela tem vinte e dois anos, abriu seu próprio
negocio de massagem Pokémon em Celadon, os negócios sempre estão
indo bem, apesar do cansaço, gostava de passear nos grandes parques
antes de começar a trabalhar.
Retornou sua Kirlia, liberou seu Arcanine, montou e correu por dentro
da floresta atravessando árvores rapidamente.
Depois de alguns minutos de passeio, ouviu-se um zumbido e depois um
ruído que a fez estremecer.
Ela parou e depois que o som parou, continuou seu passeio até se
deparar com uma imagem que a chocou.
-O
que é isso... – Ela desceu de seu Arcanine e acariciou sua nuca
enquanto observava o campo aberto misteriosamente – Nunca vi isso
na floresta, aqui ficavam muitas arvores e agora vejo isso, um campo
aberto completamente vazio, como se as arvores tivessem sido
absorvidas e sobrasse apenas a grana.
Ela tocou o solo e sentiu o terreno muito quente, levou um pequeno
choque e se afastou do lugar.
-Arcanine,
junto! - O Pokémon passou a acompanhar os passos que ela fazia.
Ela ouviu um ruído e sua pernas travaram. Arcanine correu para
dentro da floresta seguindo o ruído que ficava cada vez maior.
O coração dela ficou na mão. Não conseguia se mexer, estava
assustada.
Arcanine deu um latido de dor e ela correu na floresta para ver o que
tinha acontecido.
-Arcanine,
onde você esta? Aqui Arcanine... - Ela parou de correr quando viu
seu Pokémon nocauteado no chão, respirando pouco, resolveu retornar
e antes que pudesse voltar correndo à cidade para ir ao Centro Pokémon, agachou-se encontrando um pedaço de metal retorcido,
cheirando a queimado.
*
* *
Um jovem rapaz entregou alguns papéis na recepção, eles carimbaram,
lhe entregaram um cartão e ele conseguiu passar na catraca e subir
até o quarto andar. Cumprimentou algumas pessoas e se sentou diante
de seu computador e começou a apurar os fatos segundo o que tinha
conseguido de informação.
Ele tem vinte anos, recém-empregado na rádio de Goldenrod. Uma de
suas matérias em destaque são alguns mistérios que estão
ocorrendo, marcas feitas em algumas cidades, mudanças de tempo,
alguma coisa teve um desequilíbrio na natureza e ele estava buscando
descobrir com mais afinco.
Após terminar a sua reportagem, encaminhou para a redatora geral e
guardou finalmente o cartão que demorou dias para ser liberado,
antes disso ele usava uma senha digitada na catraca.
Desceu pelo elevador e seguiu rumo à casa em que ele tinha alugado,
ainda tinha algumas caixas guardadas. Ele entrou rapidamente, liberou
seu Espeon e seu Natu que começaram a ajudar ele a guardar as coisas
em seus devidos lugares.
O sol estava sumindo e ele ainda tinha sede de trabalho, de buscar
mais informações, o mistério o deixava intrigado e fascinado.
Após todas as caixas estarem já no lixo, Marcos resolveu sair à
luz do dia para andar um pouco e esperar bater o sono.
Ele olhou para o céu e observou as estrelas, a noite estava limpa.
-Veja
Espeon, esta cidade é maravilhosa... Claro, ficar dando voltas em
baixo da cidade às vezes cansa, mas gosto disso.
Espeon produziu um som de satisfação.
-Agora
as coisas vão melhorar...
Um estranho barulho ecoou... Um trovão!
-O
que? - Marcos olhou para cima, nuvens pretas forravam o céu e
começou uma imensa tempestade, ele teve que voltar para casa,
correndo, tentando entender mais um mistério.
*
* *
Jeorge rodopiou o mastro, e o barco inclinou. A onda estava perto
quando Sandra saiu da cabine tonta coçando a cabeça.
-
O que foi isso, nossa... – Ela olhou o mar e viu a onda se
aproximando com aqueles desenhos vermelhos submergidos – O QUE É
ISSO SANTO ARCEUS!!!
-
Wormadam! – Gritou Jeorge jogando seu Pokémon metal – Proteção!
Não importava a força, a barreira travou o golpe e Jeorge acelerou
indo direto à Ilha de Metal.
-
Desçam todos, rápido! – Ele gritava enquanto as pessoas desciam
rapidamente, assustadas, por terem acabado de acordar.
A barreira enfraqueceu e a onda avançou. O Pokémon revelou a sua
aparência. Eu já sabia que era Kyogre, mas para muitos, pareceu uma
extrema surpresa.
A onda
diminuiu e inacreditavelmente ele parou, ali, olhando aquelas pessoas
completamente assustadas com a aparição mais que inesperada!
Ele produziu um som e confesso que quase me mijei. Estava apavorado!
Ele parecia querer algo e ninguém tinha coragem de se aproximar. Foi
ai que outra coisa sinistra aconteceu, o cabeçudo do Paulo se
aproximou devagar e o Pokemon parecia não se importar, quando de
repente o Kyogre se ergueu.
Pedro pegou uma Ultra Ball e o Kyogre se virou para ele, abrindo a
boca.
-
ELE VAI USAR UM HYDRO PUMP! – Foi à única coisa que consegui
pensar.
Rapidamente um jato fortíssimo de água o atingiu lançando-o para o
outro lado do pequeno porto da ilha. Ele começou a tossir e cuspir água.
-
Nos deixe em paz! – Gritou Sandra, tremula, com frio, segurando a
própria cintura.
O Pokémon se esgueirou e parecia indicar alguém na multidão.
Uma bela moça, que eu mal tinha reparado, que nem estava no barco,
parecia alguém que já estava na ilha se aproximou devagar, com o
olhar desconfiado.
Desta vez, Kyogre a reverenciou. Ela abriu um sorriso, saltou sobre o Pokémon e eles desapareceram no oceano.
Confesso, fiquei uns vinte minutos parado, boquiaberto, estupefato,
confuso, tonto, sem ação e reação.
Em segundos, todo mundo falou ao mesmo tempo e comecei a ficar com
dor de cabeça. Depois de alguns minutos, ouvi Pedro, ele estava na
minha frente, me chacoalhando.
-
Ei, cara, você esta bem?
Sandra estava ao seu lado, me olhando, coberta com a blusa de Pedro.
-
Eu não sei... Estou perdido!
-
Estamos amigo... Estamos!
A maré baixou depois de umas três horas. Retornamos ao barco de
Jeorge, que nos deixou na cidade, completamente suja de lama e areia.
Algumas pessoas usavam seus Pokémon de água que usavam jatos para limpar o lugar.
Pedro pegou uma Great Ball e lançou.
-
Gastrodon, impulso de água!
O Pokémon azul jogava água eliminando a sujeira, mas deixando leves
marcas por onde passava.
-
Isso não esta dando certo – Bufou Sandra.
As pessoas limpavam como podiam a cidade enquanto a maré voltava ao
lugar.
-
Eu desconfio... – Dizia Pedro ofegante enquanto puxava a água
restante – Que os lendários endoidaram.
-
Aplausos, ele mereceu o Oscar.
-
Pare de ironia Sandra, estou falando sério... Essa frescura de
apocalipse não existe.
-
Concordo com ele! – Me limitei a dizer – Até porque, eles estão
aceitando ser capturados, vocês viram na ilha, Kyogre estava
procurando alguém e lá estava ela, com medo, em seguida,
simplesmente foi, sem medo.
Eles não disseram mais nada.
-
Queria que fosse eu... – Pedro bufou.
-
E o resto do mundo Pokemon também – Era nítido que Sandra já
estava perdendo a paciência – Pare de lamentar, precisamos achar
explicações.
-
Não estou lamentando.
-
Está sim, eu que deveria, sou uma atriz limpando chão e não estou
reclamando.
-
Isso é uma reclamação...
Ri baixinho.
-
Seu tratante... – Ela notou e abriu um sorriso – Estou falando
sério, temos que descobrir por que eles estão sendo capturados.
-
Tem apenas um jeito de descobrir isso – Era tão obvio como a água
era incolor.
-
Então diga, gênio! – Pedro resmungou.
-
Achar alguém que capturou um lendário.
-
Isso é fácil, conheço umas trinta, tenho todas na minha rede
social, o Facepoke – Sandra atuou de uma forma tão ruim que senti
que qualquer um poderia ser ator.
-
Você tem FacePoke? Me adiciona! Ter uma atriz como amiga deve ser
legal.
-
Vou pensar no seu caso – Ela encarou Pedro trivialmente.
-
Atenção, estamos fugindo do assunto – Eu bati palma.
-
Isso é sério? – Sandra colocou a mão na cintura – Onde vamos
achar alguém que pegou um lendário?
-
Pense bem, vamos analisar – Eu parei e os encarei – Pedro, se
você capturasse um lendário, o que faria?
Ele pareceu se realizar com a pergunta.
-
É claro que eu iria vencer todos os ginásios e arrebentar na Liga.
Sandra notou o que eu disse.
-
Temos um Ginasio em Canavale... Oláaaaaaaaaa!
-
Você é tudo de bom Igor – Ela me deu um beijo no rosto.
-
Sabemos onde ir então – Pedro sorriu.
Depois do tumulto, foi com Byron que fomos falar. Este sim era um Líder de Ginásio que aparecia para as pessoas. Ele passeava com seu
Bastiodon com muito orgulho.
-
Ei, você – Disse Pedro.
-
Te conheço rapaz! – Ele disse sorridente.
-
Te venci em uma luta de ginásio há uns dias.
-
Ah, certo, me lembro!
Pedro se gabou por alguns segundos.
-
Gostaria de saber sobre...
-
O Kyogre? Não sei muito na verdade.
-
Não é bem isso – Odiei que ele me cortou – Quero saber se
alguém o desafiou com um lendário recentemente.
-
Não mesmo, mas... Ouvi dizer que a Skyla, Líder do Ginásio de Unova
enfrentou um garotinho com um Kyuren.
-
Ai, coitada! – Sandra ficou horrorizada.
-
Ainda estamos em círculos – Pedro lamentou.
-
O que na verdade vocês querem saber?
-
O que esta acontecendo.
-
Pedro né? – Byron perguntou.
-
Isso já esta pessoal, ninguém lembra meu nome...
-
Todos querem saber o que está acontecendo, mas na verdade, talvez
não tenha sentido nenhum, os lendários bons querem pessoas boas e
os ruins, pessoas ruins... Pensem, porque um lendário iria querer
ser capturado? – Silêncio, nem pensei em nada – Porque outro
também foi, enquanto uns querem o caos, outros estão tentando a
harmonia.
-
Isso faz sentido – Sandra ajeitou o cabelo.
-
Entrar nessa sem um lendário é suicídio, deixem isso com os que
eles escolheram, sem duvida não foi em vão e só nos resta torcer para tudo se
normalizar.
A teoria dele tinha sentido, mas uma coisa estava errada. Eu jamais
iria parar agora que comecei.
-
Obrigado! – Agradeci e virei de costas.
Meus colegas me seguiram.
-
Onde vai Igor? Desistiu?
-
Não mesmo, vou procurar alguém que encarou de frente o desafio.
-
E onde é? – Sandra pareceu empolgada.
-
Se querem vir comigo, segurem os cintos, vamos voar até Mistralton conhecer Skyla.
Revisão: Rafha
Postado por
Unknown
às
02:03 em 22/01/2014
Sobre Unknown
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