Fanfic Cephei Capitulo 04 - Bem e Mal
Fanfic Cephei Capitulo 04 - Bem e Mal
Sandra percebeu que a olhávamos demais e talvez seu orgulho feminino
ficou abado. Apenas ouvi ela estalar os dedos e dizer algo distante nos puxando
de volta a meu planeta de origem.
- Calm Mind é? – Ela dizia olhando para mim – Ou está sobre o efeito
de um Attract? – Cruzou os braços e fez bico – Homens!
Foi ai que me toquei do que ela havia dito.
- Lugia? – Disse sem graça – Então... Ele mudou a nossa rota!
A moça sorria, apenas esperando a ficha cair e a
sensação de vertigem misturado com ansiedade passar.
- Espere um pouco – Pedro ficou bravo – Não podia simplesmente nos
tirar da rota? Tinha que fazer a aeronave rodopiar que nem um Hitmontop?
Ela juntou as mãos e fez uma reverência.
- Perdoe-me pelo mau jeito!
Impossível não perdoa-la.
- Então pessooooooal – Sandra estava inconformada.
Incomodada e curiosa com a situação, se aproximou da
moça.
- Tenho algumas perguntas... Quem é você? O que a Lugia tem a ver? O
que nós temos a ver? Como sabia que estávamos vindo? Perguntas de praxe Blá-blá-blá.
A bela moça riu baixinho e balançou os ombros (Estou
apaixonado...).
- Novamente, me perdoem... Me chamo Sarah, sou a escolhida da
Lugia... Antes que eu continue, acho melhor me seguirem, temos muito o que
conversar!
E seguiu cidade a dentro.
- Acho que a missão para Mistrelton está encerrada, encontramos uma
escolhida e foi muito fácil – Disse Pedro sorridente seguindo a bela moça.
- Fácil demais! – Disse Sandra dando e ombros e seguindo-o.
Eu fui em seguida, tentando associar tudo que veio
acontecendo nos últimos dias. Adeus vida parada, hora de emoção!
- Isso!!!
- O que disse? – Sandra se virou – esta tudo bem?
Fiquei vermelho.
- Sim... Vamos... – E a acompanhei.
Sarah saiu da cidade e caminhamos por quase vinte
minutos. Paramos em frente a uma rocha e ali ficamos, um olhando para o outro.
Estranhamente, a rocha se móvel dando acesso a uma passagem estreita e Sarah
tomou a frente.
O Túnel era coberto por muco e folhas que caiam sobre
nossas cabeças. Em menos de um minuto a rocha voltou a sua posição original. O
caminho nos levou a um lugar com um belo jardim e no fundo, uma mansão com
grandes torres e pilastras forrando o lugar. No jardim havia Burmy’s pendurados
nas arvores, Combee’s sobrevoando o céu junto com Ledyba’s.
Um grupo grande de Nincada’s parou na nossa frente e
nos rodearam chamando a nossa atenção.
Liberei meu Joltik para caminhar ao meu lado.
Ele resolveu subir no meu ombro e fazia ruídos baixos
satisfeito com o belo lugar.
- É aqui! – Ela nos guiou para dentro da mansão.
Continuei com meu Joltik solto, que após entrar no
lugar, se encolheu, como um instinto de defesa, o que de certa forma me
preocupou um pouco. Ele começou a produzir leves choque e eu parei um pouco,
incomodado.
Ele pulou do meu ombro e começou a descarregar uma
carga de energia alta e eu não tive muita opção, tive que retorna-lo.
Quando guardei a Pokébola, trombei com Sarah.
- Por favor, não libere seus Pokémon, eles não estão acostumados a
força dos lendários – Ela notou que eu fiquei de olhos arregalados – Raikou
pode estar interferindo no lugar.
Virou as costas e continuou como se nada tivesse
acontecido.
Paramos na frente de uma porta e ela tomou a frente.
- Estamos em um parlamento, vou entrar primeiro e assim que possível
os chamo.
Ela abriu uma leve fresta e entrou. Nós três ficamos
nos olhando, preocupados. Não demorou muito e a porta se abriu.
Ficamos diante do que posso chamar de INCRÍVEL!
No saguão, havia inúmeras pessoas. A sala era imensa (Imensa
meeeesmo) e havia uma mesa redonda onde cada um tomava a sua posição de uma
forma linear.
Atrás de alguns havia seu lendário. Do lado de um
garoto alto, estava o Raikou, soltando faíscas que pareciam nem fazer cócegas
no rapaz. A carga havia incomodado meu Joltik.
Articuno estava do lado de uma garota de olhos puxados
e de altura mediana. No fundo, o que mais chamava atenção, uma menina, muito
pequena, devia nem ter seus oito anos, sentada junto do Rayquaza.
Bom, se eu mal havia visto uma sombra no céu, estar
ali, diante de todos aqueles lendários era no mínimo incrível.
Vamos lá, o que acha que ocorreu agora?
a) Fiquei em choque e lisonjeado de estar ali
b) Sai correndo pedindo autógrafo para todos e tirando fotos para colocar no meu InstaPoke
b) Sai correndo pedindo autógrafo para todos e tirando fotos para colocar no meu InstaPoke
c) Manter a postura profissional e cumprimenta-los de forma educada
e superior
Pensou? Pois bem, nenhuma das três está correta. Minha
vista escureceu e eu desmaiei mesmo...
“Eu me vi dentro
de um poço escuro, as paredes eram firmes, acima de mim, uma luz forte que
chegava a irritar minha vista se eu olhasse por muito tempo.
Tentei
subir em vão. Não tinha minhas Pokébolas, meus Pokémons estavam lá em cima, eu
podia ouvir o ruído deles. Eu gritei para Joltik mandar uma teia ou o Camerupt
lançar terra para que eu pudesse subir.
O
poço parecia afundar mais e eu vi a luz virar um fio luminoso e depois subir.
Cai em pé no que parecia ser um escorregdorr e cai em um abismo escuro. Fiquei
em pé e limpei a terra da minha roupa.
Ao
longe vi olhos vermelhos se aproximando. Fechei meus olhos no reflexo e quando
abri, estava em casa... Mas não minha casa em SnowPoint e sim, na casa com meus
Pais e meu irmão mais velho. Ele jogou a bola em mim e eu devolvi, rindo.
Quando
olhei para mim, estava de volta com meus nove anos. Corria me sentindo a pessoa
mais incrível do mundo.
Meu
irmão lançou a bola do outro lado da rua e eu corri para buscar.
Atravessei
a rua sem olhar dos dois lados e um carro me atingiu com força e fui
arremessado para o outro lado da rua.
Minha
vista embaçou e apenas vi um homem saindo do carro, agachando perto de mim”
Acordei no susto em uma cama tão leve que parecia que
dormia sobre algodões de Jumpluff’s com plumas de Swanna.
Em volta de mim estava Sandra e Pedro.
- Cara, que mico – Pedro começou a rir.
Depois de tudo, era só o que eu precisava ouvir, não
acham?
- Então nada disso foi sonho?
- Não – Sandra foi rápida – Estavam esperando você acordar, querem
conversar conosco sobre o Regigigas – Ela deu uma pausa – Nos contaram que eu e
você presenciamos o fato, Lugia nos localizou por telepatia e quando soube que
estávamos vindo para cá, interferiram no trajeto da aeronave... Bom, o resto
você deve imaginar.
Sentei na cama e coloquei a mão na cabeça.
- Sarah acha que você capitou muita energia psíquica no local.
- Deve ser... – Forcei a vista tentando despertar por completo.
- Que nada, você caiu que nem Gulpin na lama – Pedro gargalhou.
- Sua indelicadeza me dá enjoou – Ela o ignorou – Esta bem Igor?
Podemos ir?
Esperei menos de um minuto e levantei.
Um pouco antes de chegar ao saguão, ouvimos bem o que
eles falavam. Nos olhamos e parecia que por telepatia, resolvemos não entrar.
Nos aproximamos da porta para ouvir o que provavelmente não iriam nos contar.
- ... A ordem nos trouxe aqui, os lendários queriam que
conversássemos sobre algo que ainda não entendemos – Era a voz de Sarah – Não
sei se é adequado três que não são escolhidos estarem aqui!
- Lugia confiou neles! – A voz veemente era tão fina que sem duvida
vinha da menina que portava o Rayquaza.
- Eu concordo... – Uma voz grossa se portou na reunião.
Silêncio.
- Pesquisei sobre o Cephei e não sei muito por onde devemos começar
– Uma outra voz masculina, mas jovem sem dúvida, começou a falar – O que sabemos?
Kyuren gerou geada em Mistrelton e eles tiveram que limpar a pista aérea, que é
a mais importante aqui de Unova, Heatran fez o vulcão de Cinnabar entrar em
erupção... Eu estava lá, eu vi tudo...
- O que mais temos? – Era uma voz feminina – O Regigigas, que temos
esses jovens que podem nos indicar a direção que ele foi.
- Thundurus, Tornadus e Landorus também não temos sinais, apenas uma
tempestade em Goldenroad... Eu estava lá! – Um outro rapaz tomou a voz.
- Cresselia e Darkrai ainda não se manifestaram – Era uma voz
feminina, suave e doce – O que não muda muita coisa, pois um vai acabar
enfrente ao outro apenas.
- De nós, quem ainda falta? – Outra mulher falava – Latius,
Cresselia, Uxie, Terrakion e Xerneas, certo?
Neste momento, todos começaram a falar de uma vez.
- Silêncio! – No momento que ele disse, todos ficaram se aquietaram
– Estamos esquecendo do mais importante.
Todos ficaram em silêncio, até nos, ouvindo.
- Arceus ainda não fez o seu escolhido!
Nós nos olhamos.
- Muitos ainda não foram escolhidos – Era a voz da menina novamente.
- Mas não é bom já buscar por onde devemos começar? – Uma voz, que
até então não havia se manifestado se pronunciou.
- Vamos criar uma colisão de polos, não podemos começar o Cephei
ainda – O homem voltou a se pronunciar.
- Mas os outros lendários estão destruindo os lugares.
- Não são eles Sarah! – Ele estava bravo – Quem está destruindo são
os portadores, eles que estão dando as ordens, temos que esperar o momento
certo... O Cephei tem que ocorrer em um lugar vazio, pois se enfrentarmos eles
em qualquer cidade, vai ser tudo devastado e não poderemos manter o controle de
enfrentá-los e salvar as pessoas.
Silêncio. Senti meu corpo estremecer. Neste momento,
eles não disseram mais nada.
- Podem entrar se quiser, não precisam ficar atrás da porta!
Pensei que ia desmaiar novamente, mas esperei trinta
segundos e notei que não tinha como fingir, eles sabiam que estávamos ali. Abri
devagar a porta e voltamos ao saguão.
- Não precisam se esconder, são nossos convidados! – O homem que
falava não estava quando chegamos.
Ele era alto, um pouco forte, um pouco gordo. Ombros
largos e rosto muito barbado. Ao seu lado estava Mew... O dedo duro!
Havia outras pessoas que não estavam lá. Era
impossível contar quantos tinha. Eu ainda reparava no tamanho da menina com seu
Rayquaza.
- Não fiquem tímidos, sentem! – Procuramos lugares vazios na mesa.
O lugar sem dúvida havia sido construído em outros
Cepheis, pois atrás da cadeira estava o nome dos lendários. Passando sobre
alguns, via o nome do lendário e seu portador. Sentei em um banco vazio escrito
“Terrakion”, enquanto Pedro ocupou o lugar o Latios e Sandra da Cresselia.
Eu me acomodei na cadeira, sentindo um orgulho imenso
de estar ali, sem fazer parte deles. Sabem os concursos de rádios que lhe
garantem um almoço com a banda famosa do momento Os Cacturne’s das Sombras com seu grande sucesso Needle Arm Love, ou um acesso ao camarim
no show mais esperado do ano da Lady Lapras... Ou quem sabe Participar do
programa de relacionamentos “Vai dar Cute
Charm”... Enfim, vocês entenderam!
- Lugia os trouxe aqui, pois precisamos de um ponto de partida...
Diferente dos demais, vocês presenciaram o despertar de um lendário.
- Como sabe? – Questionei.
- O vídeo gravado por uma equipe cinematográfica mostra exatamente a
hora que vocês dois – Apontou para mim e para Sandra – Saltando do templo
enquanto Regigigas desaparece no céu.
- E porque precisam de nós? – Pedro estava confuso.
- Precisamos do sentido que
ele foi.
- Só isso? – Me senti até mal, eles nem queria nada demais.
- Isso, no vídeo não dá para ter uma noção do sentido.
Eu parei pare refletir.
- Ele saiu sentido sudoeste, pois saiu em diagonal da entrada – Dei
de ombro – Podemos ir agora?
Estava incomodado com a futilidade do que precisavam.
- Apenas isso! – Sarah sorriu.
- Esperem um minuto – Sandra se pronunciou – Quase morremos
esmagados no templo, quase morremos afogados com o Kyogre na Ilha de Metal –
Ela fez questão de olhar bem para a moça, que estava ali na mesa – Pegamos um
avião para Mistrelton atrás de informações que foi redirecionado com uma Lugia
causando uma turbulência dos infernos para chegar aqui e sermos dispensados tão
futilmente... Estou horrorizada como os portadores de um dos acontecimentos mais
famosos do mundo está ocorrendo... Lendas e lendas tornam-se reais, canções
passam a ter sentido... Histórias contadas de geração em geração e só ajudamos
com uma informação?
Todos a olharam, refletindo o que fariam depois disso.
Um rapaz serrou os olhos e quebrou o silêncio.
- Você não atuou no filme “Tesouros do templo perdido do rei
Cofagrigus”?
- Sim!
- Caramba! – Ele gritou – Sou seu fã... Nossa, aquela cena que vocês
fogem de um Roll e caem em uma Sand Trap... Eu fiquei encantado, me dá um autógrafo?
- Claro, nossa, ser reconhecida é o que torna o profissional ter o
ego inflado.
A cena não poderia ser mais engraçada.
- Estamos perdendo o foco – O homem batia palma chamando a atenção
de todos novamente e respirou fundo – Vocês foram úteis, apesar de tudo... Acho
justo vocês terem uma missão, pois nem todos poderão cobrir todos os lugares...
Bom, apenas os portadores são visados, por isso, vocês serão nossos olhos e
ouvidos.
- Demais, demais, uhum, demais, maneiro, bacana – Pedro cantava
baixinho e fazia uma dança com as mãos que prefiro não descrever!
- E como é isso? É como um estágio de verão? – Sandra cruzou os
braços.
- Vamos pensar, enquanto isso podem ficar aqui e aproveitar bem a
estadia, somos portadores e não guardiões, fomos escolhidos porque somos
humildes.
Uhum, vocês
estão vendo isso ai né?
- Claro e eu sou um boneco da Lupunny – Disse Pedro baixinho.
- Como? – Falou Sarah.
- Nada, apenas refletindo tudo – Sorriu como se não tivesse sido
irônico.
Levantei.
- Bom, não sei vocês, mas eu quero ser útil independente do que
ocorrer, não posso fazer muito, pois não tenho armas para isso, humildemente,
não sou nem bom em batalhas – Sorri sem graça e dei de ombros – Mas sou Museólogo
do templo onde Regigigas despertou, estudei muito tudo... Até mesmo as lendas
do Cephei no caminho para cá buscando uma lógica para tudo que eu acreditei ser
meramente um acaso irônico, mas na verdade, está diante dos meus olhos... Eu,
como um estudante da história e explorador deste lugar que chamamos de mundo,
quero que o bem saia novamente vitorioso para que possa ter certeza que eu não
conheço história, eu participei da história!
A menina sorriu e bateu palma. Apenas ela.
- Falou bonito rapaz, mas isso não é brincadeira, sabe onde esta se
metendo não é? – Ela acariciava Rayquaza como se fosse apenas um pequeno Clefa.
- Se eu não soubesse, jamais chegaria até aqui.
Eles se olharam.
- Não quero uma função fútil, quero ser realmente útil, posso viajar
de lugar a lugar buscando dados, relatos, sou bom com isso... Ou estudar os
acontecimentos e buscar um jeito de achar uma lógica de onde começar e quais
peças mexer do tabuleiro.
- Eu sou atriz, não posso ajudar muito além de localizar os
portadores dos demais lendários e tentar sondá-los, já que sou a maior referência
de fama e futilidade – Sandra viu que todos olharam para ela – O que foi
pessoal, estou falando a verdade.
- Eu sou treinador, não tenho grandes pesos em combate com meus
aliados, mas sem dúvida consigo distrair o inimigo ou ajudar o pessoal a evacuar
ou coisa do tipo... Não sabemos onde podemos encontra-los, certo? – Disse
Pedro.
Eles se olharam e parecem que concordaram.
- Sendo assim, está feito – O homem ficou de pé – Vamos dividir em
três equipes, o de pesquisa, os de obter informações e os de resgate.
- Perfeito! – Disse um garoto com o Shaymin no colo.
- Então, vamos definir quem ficará responsável por cada grupo e
encerrar o parlamento.
- Posso ficar com o estudo – Disse a menina sorrindo para mim.
- Eu posso ficar com o Resgate – Sarah indicou o que faria.
- Eu topo cuidar de obter informações – Indicou o rapaz segurando o
autógrafo de Sandra.
E assim ocorreu até o fim do parlamento.
Uma coisa eu sabia, estava finalmente sendo útil... E
outra coisa, eu iria me dividir de Pedro e Sandra, o que de certa forma me
incomodava, pois havia me apegado aqueles dois bobalhões.
Levantei da cadeira e fui ao quarto onde havia
descansado depois do pesadelo. Ajeitei minhas coisas na mochila e coloquei
sobre a cama uma muda de roupa para tomar um banho.
Quando me virei, a porta de entrada desapareceu, eu
estava preso. O quarto escureceu e me vi novamente em um ambiente escuro.
Sandra entrou no quarto e me viu caído, gemendo, me
virando de um lado para o outro.
- Socorro, Pedro, Sarah... Alguém – Ela correu para fora do quarto
me deixando no chão – Igor desmaiou novamente, ele parece estar tendo um
pesadelo!
Revisão: Rafha
Postado por
Unknown
às
20:14 em 05/02/2014
Sobre Unknown
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