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Especial de Halloween: A Maldição de Mimikyu

ATENÇÃO: ARTIGO NÃO RECOMENDADO PARA MENORES DE 12 ANOS, POR CONTER DESCRIÇÃO DE VIOLÊNCIA, DENTRE OUTROS.


A Maldição de Mimikyu

Numa manhã fria, uma pequena e remota vila no pé do monte Lanakila é castigada com uma nevasca, que traz consigo dois treinadores desamparados. Os mesmos alegam que viram hordas de Absol nas proximidades, enquanto escalavam a montanha gelada. Pedindo por ajuda, os treinadores encontram o Kale, um policial que mora na vila.

- Estávamos em um grupo de 7 treinadores experientes! Quando avistamos o grande número de Pokémon vindo em nossa direção, não tivemos outra opção além de correr para nos salvar! Sem observar para onde estávamos indo, nos perdemos dos nossos companheiros e chegamos aqui.

Tendo que deixar sua filha com os pais de sua falecida esposa, Kale sai em direção à nevasca, com uma equipe de busca. No dia seguinte seria o aniversário de sua filha.


Na manhã em que Luana fez seus 7 anos, a menina recebe um presente, enviado pelo seu tio, irmão de sua mãe. A carta vinda de Hau'oli parabeniza a sua pequena sobrinha e, para aliviar a dor da recente perda de sua mãe, ele envia de presente uma Pokébola, contendo um Pokémon raro, para alegrar os dias da menina. Com cuidado, a pequena expande e lança a bola, curiosa para saber quem será seu primeiro companheiro. Pequenas faíscas saem quando o brilho revela um Pichu.


Ainda sem saber o paradeiro de Kale, os avós de Luana decidem que não é o momento certo para comemorar o aniversário da pequena. A menina, contudo, se sente solitária e decide brincar com o seu novo parceiro. Se afastando de sua casa sem ser notada, a menina percebe seu Pokémon correndo, sendo atraído por um doce aroma, vindo de uma casa abandonada. Antes de poder entrar para procurá-lo, ela escuta o pequeno gritando, então ela corre para dentro da casa. Sem encontrá-lo, ela continua vagando pelos cômodos, procurando seu Pichu desaparecido. Ao chegar num velho quarto escuro, ela apenas encontra uma velha fantasia... 
...de um Pikachu.



Quando seus avós notaram sua falta, ficaram extremamente preocupados! Sem saber o que fazer, decidem procurar sozinhos pela menina por toda a vila. Desesperados, entram no Centro Pokémon e conversam com a enfermeira para saber se alguém ali havia tido notícias da jovem, mas o que acabam descobrindo é que a vila está sofrendo uma epidemia. Vários Pokémon e crianças foram diagnosticados com uma forte infecção, o que estava sobrecarregando o Centro, que acabara de ficar sem antídotos.


Poucas horas se passaram, quando Kale reaparece na vila. Além da equipe de busca não ter encontrado os treinadores, os dois Ace Trainers que estavam juntos acabaram morrendo, devido a uma toxina desconhecida que tomou conta de seus corpos. Ao chegar em casa, Kale é finalmente informado do sumiço de Luana. Aflito, o policial sai em busca de pistas do paradeiro de sua filha.

Notando as pequenas pegadas de um Pokémon, ele segue o caminho que Luana tomou naquela manhã. Ao se deparar com a casa, percebe que este era o esconderijo de Halehale, um assassino em série de Alola, que se suicidou há alguns meses, pouco antes de ser descoberto por Kale. O policial corre para dentro da casa. O imóvel já estava abandonado antes mesmo de Halehale ter usado como esconderijo, por isso se tratava de um local perigoso, onde qualquer passo em falso poderia causar um buraco na madeira podre.


Acompanhado de seus sogros, Kale procura pela casa alguma nova pista da garota. Ao ouvir passos vindos do andar de cima, o policial pede que os avós de Luana fiquem em alerta no andar de baixo, para poderem pedir por ajuda, caso necessário.

A cada passo dado na escada, escuta-se um rangido diferente. Kale sobe cuidadosamente, por não saber o estado da madeira que o está sustentando. Chegando no topo da escada, ouve o barulho de uma porta fechando-se com força. Indo em direção ao barulho, o policial saca sua arma e abre a porta do último quarto do corredor. Apesar de estar muito escuro, é possível notar a antiga fantasia de Pikachu no chão.

Lembrando-se dos contos que ouvira quando criança, Kale retorna ao primeiro andar da casa, para perguntar aos seus sogros sobre a história de um Pokémon que costuma amaldiçoar aqueles que tentam tirar sua fantasia.

Em Alola existe um Pokémon que vive coberto pelo seu manto, estando sempre escondido - disse a senhora. - Todos acreditam que nunca se deve tentar espreitar por debaixo do seu manto. Acham que quem for capaz de ver a sua verdadeira forma por debaixo do manto será atingido por uma doença misteriosa.


Percebendo o que poderia ter acontecido com sua filha, Kale volta ao quarto e grita, suplicando que Mimikyu liberte sua filha da maldição, mas só escuta uma risada em resposta. Logo após isso, o policial sente uma forte respiração vinda da parede que estava atrás dele. Ele tenta se virar, mas sente-se tonto e desmaia.

Escutando o barulho da queda, o avô de Luana sobe até o quarto para auxiliar seu genro. De frente para o corredor, o senhor encontra com Kale, agora de pé.

- Está tudo bem, Kale? O que houve? - perguntou o senhor.

- Sim, está para ficar tudo bem. - respondeu o policial, com um estranho sorriso no rosto.


Seguido de um forte estouro, a avó de Luana corre em direção à escada. No topo, vê seu marido no chão. Em prantos, a senhora sobe as escadas lentamente, quando nota uma silhueta acima do velho:

- Kale, é você? O que aconteceu com meu marido? - disse a senhora, subindo mais alguns degraus.

Um silêncio toma o ambiente. Tudo que se ouve são os suspiros da senhora, ao notar que seu marido está morto. Um tiro na testa fez com que o sangue do velho jorrasse cada vez mais pela escada abaixo. Apavorada, a senhora tenta correr para se salvar, já que percebe que foi Kale quem atirou. Escorregando no sangue que escorria, a senhora cai e quebra o pescoço, antes mesmo que Kale possa apontar sua arma para ela.


Quando uma fumaça de cheiro doce começa a se esvair, foi possível escutar suspiros, vindos do ponto mais alto da casa. O som parece ter feito Kale acordar de um transe, percebendo aos poucos o cenário a sua frente. Assustado com todo o sangue derramado, Kale quase não consegue notar uma presença ao seu redor.

Não aguentando firmar-se em pé, o pai da criança sente-se fraco, caindo novamente. Com sua visão ficando cada vez mais escura, ele não percebe uma criatura se aproximando. De repente, foi possível ouvir sons de sinos tocarem.


Na mesma hora, Kale percebe um Salandit na sua frente. O Pokémon estava soltando gases através da base de sua cauda.

Quando estava prestes a ser atacado pelo Pokémon, Kale é surpreendido por uma onda tenebrosa vindo em sua direção. Vários pilares de sombra se ergueram e dominaram Salandit, causando uma explosão.

Com a poeira começando a se assentar, é revelado outro Pokémon: a fantasia de Pikachu começa a se "inflar", como se uma entidade começasse a tomar posse da fantasia. Quando um Mimikyu se forma, Kale se surpreende ao notar sua filha atrás do Pokémon, segurando um Z-crystal negro em suas mãos.

- Papai, você voltou... Desculpe se te deixei preocupado, eu vim atrás do meu Pichu! Quando cheguei aqui, vi que Mimikyu estava precisando de ajuda.

- Como assim, Luana?

- Essa Salandit... Ela era do moço que morava aqui... Ela atacou muita gente, mas ela só está se sentindo sozinha. O Mimikyu se ofereceu para ajudar, pois ele sabe como é ser solitário, só que sozinho ele não tinha forças suficientes para vencer a Salandit! Por isso Mimikyu precisava de mim, papai...

- Não importa, minha filha! Importante é que você está salva! 

- Não, papai... 
Você chegou tarde demais!




A imagem de Luana desaparece ao dizer essas tristes palavras ao seu pai. Kale percebe então o corpo de sua filha e de Pichu no canto do quarto...

Kale nunca mais foi visto na vila, mas dizem que ele ainda protege aquela casa abandonada, acompanhando a Salandit para que ela nunca se sinta sozinha novamente.


Os corpos de Luana e seus avós foram enterrados próximos ao de sua mãe. À noite, é possível ver um Mimikyu dançando sozinho, mas sempre sorrindo.




Concepção: Hitallo Duarte e Matheus Miranda.
Redação: Matheus Miranda.
Ilustração: Hitallo Duarte.
Sobre Matheus Miranda
24 anos, Teresópolis – RJ. Empresário, formado em Administração. Fascinado por Pokémon aquáticos e chocolate desde seus 6 anos. Gastou muitas pilhas jogando no GameBoy Color, perdeu muitas TCG e tazos no bafo e adora escrever teorias e especulações.

2 comentários:

  1. Lucas Thomaz01/11/2016, 11:46

    kkkkkkkkkkkkkk...kk

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  2. mas gente, que foi?rs conta, se divertiu com o plot twist? rsrs

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