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Pokémothim

Top 11: Dos Piores aos Melhores Episódios de "Aim to Be a Pokémon Master"!


Olá, Thunders!

Agora que o arco final do Ash terminou, "Pocket Monsters: Aim to Be a Pokémon Master", nada mais justo do que opinar sobre o conteúdo que nos foi oferecido. Como essa postagem conseguiu ficar maior do que a minha análise da batalha de Ash vs Leon, decidi dividi-la em duas. Portanto, essa primeira parte vai servir como um ranking, do pior para o melhor episódio do especial, o que significa dar foco para minha opinião específica sobre cada um; enquanto outro dia sairá a segunda parte, contendo uma opinião geral sobre o arco como um todo.

Adianto que vocês não encontrarão o óbvio aqui! Não vou considerar somente nostalgia, até porque poderia se tornar uma postagem extremamente óbvia e desonesta com a minha opinião. Levarei em conta o roteiro, sacadas legais e inesperadas, desenvolvimento dos personagens e a nostalgia e referências também, obviamente, mas tudo visto de forma mais ampla e contextualizada. E adiantando para quem defende o arco com unhas e dentes, com o argumento repetitivo de que "ninguém disse que faria isso, não prometeram nada": não é preciso prometer para algo ser ruim. Eu posso dizer que farei uma série sobre bruxos, apenas, e a execução dela ser péssima, a evolução dos personagens ser mal feita, etc. A questão em jogo é o potencial e o que fazem dele. Por isso estejam preparados para comentários positivos e negativos. De resto, espero que se divirtam com a leitura!



11° Lugar: "A Busca de Banette!"

O arco "Pocket Monsters: Aim to Be a Pokémon Master" tem reconhecidamente três grandes fillers (episódios que não somam para a trama geral, que em nada impactam os demais). Existem atualizações e retornos que fazem dos outros episódios "mais importantes". No entanto, desses três fillers mencionados, acredito que o do Banette foi o mais infeliz e tentarei explicar o porquê. Antes de tudo, vale destacar que essa foi a primeira vez, independente da plataforma, que vemos o relato da Pokédex de Banette nascer de uma boneca abandonada concretamente. Isso foi muito legal, dando uma "nova" origem sem que necessariamente o Pokémon tenha precisado ser um Shuppet antes. Alguns até acharem incoerente, mas eu julguei como fantástico e até acredito que consiga simbolizar também um amigo imaginário de uma criança que passa a ser real.

Aliás, como os outros fillers, esse teve referências: a primeira aparição de Banette, na forma do modelo de fantasma da primeira geração; e a boneca que era uma pelúcia em forma de substituto, a criatura que substitui o Pokémon nos jogos ao usar o ataque Substituição e comumente retratada como pelúcia na animação. A Bulbapedia apontou o laço de Misty em forma de coração como referência ao episódio clássico "Na Moda dos Pokémon!", quando a Equipe Rocket, disfarçada de estilistas, repaginaram o visual da garota; porém, acho os enfeites bem diferentes e um adereço em forma de coração é uma das coisas mais comuns do mundo. Não acredito que tenha sido referência, mas vai que.

Ainda sobre a Pokégirl, depois de descobrir como o enfeite de cabelo era a única lembrança que Banette tinha da antiga dona e o perdeu, foi bonito vê-la entregar o seu prendedor a ele. Além disso, o episódio abusou bastante da dupla Misty e Croagunk, nascida em um episódio anterior, o que foi bastante engraçado. Sobre ele, teve bastante destaque, ficando o tempo todo fora da Poké Bola, assim como seu treinador, Brock, que pareceu ter maior foco nesse episódio do que em todos os demais. Por sinal, mostrou seu olhar atento ao ser o primeiro a reconhecer que o fantasma se tratava de um Banette e chegou a abrir os olhos brevemente, quando Croagunk o acertou com um Golpe Envenenado na primeira vez que falou com a Enfermeira Joy. Também aproveitando que citei o seu nome, um último ponto legal foi a grande participação da Oficial Jenny e da Enfermeira Joy, bem no estilo dos episódios clássicos.

Por outro lado, esse é o único episódio no qual não tivemos nenhum retorno, seja de amigo, Pokémon no laboratório ou liberto. Repito: nenhum! Ash usou Dragonite e Gengar, sério? Não que eu desgoste desses dois, mas passamos a última série inteira do herói vendo esses Pokémon em ação. Quando os roteiristas têm a chance de trazer outros retornos muito interessantes, trazem os Pokémon de Jornadas? Gengar teve um papel bonito, conectou-se com Banette, seja como outro Fantasma, seja como outro Pokémon que se sentiu abandonado como ele; mas, ainda assim, poderiam ter dedicado esse episódio a outras antigas capturas do Ash. O mesmo para Brock e Misty, que não mostraram nenhuma das capturas que restavam voltar nesse arco. A garota nem sequer usou qualquer Pokémon, enquanto Brock deu espaço para Croagunk, que já tinha aparecido anteriormente. Tantos Pokémon antigos poderiam ter sido mostrados, procurando a dona de Banette, espalhados pela cidade...

O episódio foi muito bonito, conseguiu emocionar com o reencontro e o Banette mostrado é extremamente fofo. Contudo, ele não consegue ter o impacto dos outros fillers, ao meu ver, por o laço construído não ter sido forte. Ash estava nitidamente determinado a ajudar Banette, mas o vínculo deles não cresceu, não se tornou algo bonito de se ver, e isso independente de ele ter uma treinadora. Mesmo que não fosse com o protagonista, com Brock e Misty também não se viu uma forte relação. Além do mais, o episódio focou bastante nas paixões do Brock, o motivo que o fez voltar a entrar em uma jornada – escreverei sobre isso mais abaixo – e não se propôs a desenvolver nada interessante. Como alívio cômico foi engraçado, mas seguiu sendo um desenvolvimento proposto não desenvolvido.

Também não convence muito que a Enfermeira Joy voltou para a cidade e nunca passou em sua antiga casa. Tudo bem ela não pensar em procurar a boneca, porque, com todo esse tempo, talvez nem pensasse nela ou não imaginasse que estava por lá até então. Mas, você volta a morar na sua cidade de origem, sua casa não está com outras pessoas e nem vai dar uma olhada, independente de querer reformar ou só lembrar do passado? Terem feito o Pokémon abandonado e o seu antigo treinador morarem na mesma cidade sem nunca terem tido um contato desde a separação não me pareceu convincente. Talvez, se a Joy tivesse voltando a morar lá ao fim do episódio, ou fosse uma que os heróis se lembraram de ter conhecido na cidade anterior, convencesse mais. 

Pior, porque, convenientemente, a pelúcia era a única coisa pequena fora das caixas da mudança. Literalmente, tudo estava, menos a pelúcia da garotinha. E, se fosse porque iria no colo dela, a pequena Joy teria sentido falta durante a viagem, algo que não aconteceu, só quando chegaram ao destino final, pelo que parece. Assim que Brock pegou a foto, se ela tivesse sido mostrada a Jenny ou Joy, as pessoas na cidade que mais conheciam os moradores diferentes, também... De qualquer forma, admito que um auxiliar de enfermeira Banette é algo que nunca vimos e gostei bastante! Então, foi um episódio lindo, mas, paralelamente, foi o que menos somou para a despedida do Ash. O problema dele foi de localização, se é que posso chamar assim: deveria ter sido um desenvolvimento para Gengar antes desse arco, não agora, único espaço que nos deram para ver os Pokémon mais antigos do herói em ação.


10° Lugar: "Brock, Cilan e a Bruxa da Floresta!"

Terceiro episódio do arco final do Ash, ele se propõe a trazer Brock de volta à equipe e mostrar o reencontro do herói com Cilan. O primeiro ponto alto do episódio foi o retorno do Cilan no quesito personalidade, pois está muito fiel ao original, fazendo seus muitos comentários relacionados à culinária e análises de especialista; bancando o detetive; apreciando as Lancheiras Darumaka, agora na versão de Galar; sendo fã assíduo de Ingo e Emmet; e desejando, como marca registrada dele e de Iris, "Best Whishes" (um equivalente a desejar tudo de melhor, em referência à série BW) aos amigos. Inclusive, a sua despedida do trio original pode ter sido uma referência a quando o próprio trio se despediu depois da Liga Johto, pela semelhança.

Além de Ash e Misty se reencontrarem com Brock, Cilan pôde conhecer a Líder de Ginásio e o protagonista finalmente descobriu que seus dois amigos mais velhos se conheciam. Nesse tópico, as interações entre Cilan e Misty, apesar de breves, foram engraçadinhas, tendo a clássica comparação entre a beleza dela e a das irmãs – já que Misty se acha a mais bonita, mas geralmente comentam o contrário –, a garota não demonstra ter paciência para as análises do Especialista Pokémon e teve a genial pergunta sobre como Misty reagiria em relação ao Dewpider, que mistura seu maior amor e medo: Pokémon de Água e Inseto, respectivamente.

O segundo acerto do episódio foi a melhor caracterização da linha evolutiva da Hatenna. Estamos cansados de citar como Jornadas foi falha com Galar, então, qualquer espaço para explorar mais os Pokémon da região é sempre bem-vindo. A propósito, bem que Hatenna poderia ter ficado com Brock, já que não queriam dar nenhum Pokémon novo ao Ash. Isso de sentir os sentimentos dos outros o ajudaria bastante como Médico Pokémon, sem falar que o contraste entre fofura e brutalidade de Hattrem e Hatterene lembram muito a Blissey. Sobre a forma evolutiva final, o destaque que teve para sua força e lendas por trás dela foi bastante legal também. Recupera-se a discussão sobre aura, trabalha com ilusões e cria uma atmosfera mais sombria para o Pokémon.

Agora, vamos aos pontos negativos? Primeiro que o enredo do episódio é bem fraco. Para o retorno do Brock, preferiram uma trama em torno do seu amor por "mulheres bonitas" do que algo relacionado ao seu sonho. Certo que essa é uma característica marcante dele, mas não precisava ser focado nisso. Pior, descobrimos que Brock desistiu de ser um Médico Pokémon só para agradar a dona do restaurante no qual estava trabalhando. E só voltou atrás por descobrir que ela era comprometida e por ter sido demitido, se não nem isso. Para fechar com chave de ouro, o garoto revela que a sua motivação para voltar a viajar com os amigos era treinar mais a mente fraca. Não é para aperfeiçoar seus conhecimentos, por novas experiências, mas sim por conta das mulheres. E isso nem é realmente desenvolvido nos episódios seguintes. Sem comentários. Brock nem mesmo fez questão de parabenizar Ash pela sua vitória, ao contrário do amigo de Unova, que logo se lembrou de fazer isso.

A personalidade do Cilan foi retratada perfeitamente, mas em desenvolvimento pessoal... No maior estilo Dawn em Jornadas, Cilan não parece ter passado por crescimento algum em termos de sonho. Continua sendo um ótimo Especialista Pokémon, mas não acrescentou nada no seu caminho para ser o maior deles. Dos seus Pokémon, só Pansage apareceu, o principal, mas sua participação foi muito rápida e fraca. Nem sequer mostrou aprender um novo ataque. Captura nova? Também não. E o que o episódio mais deveria entregar era a relação entre Brock e Cilan, mas mal tiveram trocas. O próprio Ash menciona como os dois fazem as melhores comidas que já provou. Seria muito interessante ver como a amizade deles evoluiu e a incrível dupla que formavam, porém, não foi bem assim.

Esse episódio ainda conseguiu ser o único sem nenhum Pokémon do Ash, além de Pikachu, participar. Poderiam ter colocado pelo menos alguns Pokémon para buscarem Brock na floresta. Já um ponto sem sentido foi Steelix atacar Ash, sendo que apenas seu treinador estava sob efeito da ilusão. Ao reconhecer o garoto, o Pokémon deveria ter hesitado. E, só para explicar, porque algumas pessoas acreditaram realmente, o maior desejo do Ash não são croquetes, era somente o desejo dele no momento. Enfim, no final, Cilan voltou para Unova sem qualquer crescimento pessoal aparente e, tirando sua personalidade bem retratada e o foco na linha evolutina de Hatenna, foi um episódio bem fraco e desinteressante.


9° Lugar: "Queime! A Brigada de Incêndio Squirtle!!"

Existiram referências boazinhas: as roupas do Esquadrão Squirtle, no início, como as de Super Sentai; Bulbasaur fazendo a pose da sua arte original, ao sair da Poké Bola; a representação de um Gigamax Charizard tocando fogo em Lumiose como possível alusão ao Godzilla. No entanto, Brock citar uma parte da abertura na sua cantada para a Oficial Jenny e receber um puxão duplo de Croagunk e Misty; o reconhecimento de Ash como Campeão Mundial por fãs, para o orgulho de seus amigos, em parelelo a fama que descobrimos que o Esquadrão Squirtle também conquistou; e a belíssima cena de Squirtle pulando nos braços do garoto antes de partir, como referência a quando pediu para se juntar a sua jornada lá na série Original, foram detalhes muito bons do episódio.

Entretanto, apesar de ter esses detalhes legais, o episódio peca em um elemento crucial: o enredo. Qual a ideia dele? O reencontro com o Esquadrão Squirtle, que permite o quarteto original de Kanto se reunir novamente desde que se juntaram para garantir a vitória de Ash no seu último desafio da Batalha da Fronteira. Essa reunião realmente voltou a acontecer, mas de uma forma fraca. A despedida no final é tão linda que parece mascarar todo o resto do que foi mostrado. O enredo do episódio foi um clássico das séries Teen, um mal entendido que gera um desentendimento entre personagens sem que nenhum dos lados esteja necessariamente errado. Squirtle achava que Ash e os demais não se importaram em falar com ele, enquanto Ash e os demais não entendiam porque o inicial de Água não queria mais ter contato com eles depois da apresentação. 

Diante disso, o episódio quase todo foi dessa forma, sem que eles se entendessem. Particularmente, não gosto dessa característica de muitas séries adolescentes, em que os personagens ficam rendendo uma treta que poderia ser facilmente resolvida com uma conversa para esclarecer tudo. Mas, tudo bem fazerem um episódio com essa ideia. Sendo que o do Squirtle? Na última vez que o veríamos? Com a tão divulgada, no Twitter, reunião do quarteto original? Sério? Poxa, por conta dessa briguinha, tirando os flashbacks, não houve uma cena bonita entre o trio/quarteto de iniciais. E digo bonita visualmente, como um abraço; visto que, no final, eles trabalham juntos para salvar os Pokémon em perigo. Depois de tantos anos sem Squirtle voltar, dos vinte e poucos minutos que ganhou, só três foram de sintonia com seu treinador e amigos Pokémon. Vocês têm noção de que poderíamos ter um episódio inteiro mostrando a relação de Squirtle com Ash e seus antigos parceiros, mas só vislumbramos isso nos minutos finais? 

Não suficiente, o problema com o incêndio nem era tão desafiador como outros enfrentados pelo esquadrão anteriormente, para pelo menos criar uma tensão maior. Os roteiristas forçam tanto um grande trabalho em equipe necessário para salvar os Pokémon, mas é nítido que Charizard sozinho conseguiria; Bulbasaur e Squirtle só estavam ali para fingirem que era preciso todo um esquema para o resgate. Na realidade, foi imaturo Bulbasaur e Charizard se recusarem a ajudar a apagar o incêndio só porque Squirtle estava ali. O episódio foi pessimamente desenhado em alguns momentos, tanto que, se pausar, é possível ver algumas cenas bizarras dos outros Squirtle. Aproveitando, uma inconsistência notada foi o medo de Misty ao ver um Venonat, sendo que ela nunca demonstrou qualquer problema com o do Tracey, nem mesmo na primeira vez que o viu. Ainda sobre ela, não usou nenhum dos outros Pokémon que ainda não tínhamos visto até esse ponto do especial, ao passo em que Brock poderia estar com Marshtomp e Ludicolo para ajudar.

Como eu acredito que esse episódio seria bem melhor
, seguindo a pegada mais tranquila do especial? Ash e os amigos chegariam a uma cidade e descobririam que, no caminho para lá, o Esquadrão Squirtle perdeu o líder. Poderia ter caído ao passar por cima de uma montanha gelada, indo de helicóptero, devido à nevasca. Ou então, durante uma missão de bombeiros, arriscou-se para salvar outros Pokémon e foi pego por uma explosão que o fez decolar para essa tal montanha gelada. Assim, ao saber disso, Ash imediatamente ignora qualquer aviso de perigo, pelas fortes tempestades daquele dia, e vai salvar seu Pokémon. Ele até o acha, mas precisam se proteger para não morrerem de frio com a intensificação da nevasca. Nem mesmo Charizard poderia voar naquelas condições. 

Assim, passam a noite em uma toca improvisada, contando as histórias que cada um viveu nos últimos tempos. Um tentando distrair e esquentar o outro para sobreviverem, em uma clara referência ao episódio "Perdidos na Neve". No dia seguinte, com o tempo melhor, Squirtle reencontraria o esquadrão e, antes de partir, daria um abraço em Charizard, Pikachu e Bulbasaur – porque Bulbasaur ficando de pé para abraçar é uma das coisas mais lindas do Mundo Pokémon –; e, por fim, pularia nos braços de Ash, sentindo que, independente do tempo distante, eles continuavam sendo a mesma equipe, com o mesmo vínculo. Nesse ponto, faria até mais sentido só agora os treinadores aleatórios reconhecerem Ash, pois ele teria passado o episódio inteiro distante das outras pessoas.

Acho que fica claro que o que me incomoda mais não é o episódio não ter tido acontecimentos enormes, grandes batalhas e uma relevante conquista para Ash, como foi no caso do último reencontro do quarteto. O que incomoda é que tivemos mais tempo de Squirtle e os outros brigando do que nos mostrando o vínculo que ainda possuem. E não acho que isso é digno para o episódio do Squirtle, tampouco para um reencontro do quarteto inicial de Kanto. Muitos devem ter o episódio do Brock e Cilan e o do Squirtle como um dos melhores, e respeito isso, dão uma surra de nostalgia, mas, para mim, só nostalgia não garante uma boa história e preciso ser honesto comigo ao classificar os dois como os piores do especial, depois do do Banette.


8° Lugar: "Ash e Latios!"

Começando exatamente na cena na qual acabou o episódio anterior e com a música para nos dar o gostinho clássico dos filmes Lendários da franquia, o episódio prometia encerrar a história que começou com Latias desde o início desse arco. A partir disso, o Lendário usa sua visão compartilhada para tentar achar Latios, sendo acompanhado pelos heróis, que o seguem em cima do Steelix. Com o chegar da noite e Latias sem conseguir mais ver pelos olhos da sua dupla, os protagonistas decidem descansar e continuar no dia seguinte. Brock, então, deduz que o caçador que viam nas visões deveria ter tentado capturar Latias, quando Ash a conheceu. No dia seguinte, com um novo sinal de Latios, os heróis vão até ele e passam por um conflito, por não confiar em humanos. O caçador em cima do seu Hydreigon aproveita o momento, ataca eles e petrifica Latias, que se sacrifica para salvar Latios.

Em seguida, o caçador foge com a Latias petrificada, enquanto os heróis convencem Latios a ser ajudado por eles. Porém, Swellow vai atrás do vilão, até que o Lendário se sinta melhor e siga para o contra-ataque. No conflito, entre altos pilares de pedra que o caçador usa a seu favor, Swellow e Steelix são petrificados; por isso Brock pede para Ash destruir a arma que petrifica para que seus Pokémon e Latias voltem ao normal. Latios liberta Latias, que é salva por Ash, e Pikachu destrói a arma, trazendo seus amigos ao normal. Em fúria, Latios não consegue vantagem contra Hydreigon, mas ouve os comandos de Ash para que superem o adversário e o derrotem. Pego pelo Psíquico de Latias, o caçador é preso pela Oficial Jenny. Depois de se despedirem com a promessa de batalharem juntos de novo, Ash decide voltar para casa, enquanto Latias e Latios vão para Alto Mare, canonizando o filme 5 para a série principal.

Foi interessante, mas devo admitir que não gostei desse episódio como final da trama com Latias. Vamos lá, é legal que o episódio mostra Ash estabelecendo uma comunicação mental com Latias e, depois, com Latios. Provavelmente por conta da aura, tanto que usam a cor azul e fazem Latios utilizar a Esfera de Aura. Por meio dessa comunicação e da visão compartilhada de Latias, ela revela que observou Ash e Pikachu todo esse tempo e foi ela quem os salvou no episódio 6. Existem muitas cenas bonitas que vão desenvolvendo mais o laço entre eles: Ash alimentando Latias, dormindo com ela, confortando-a e afirmando que salvariam Latios, curando os ferimentos do Latios, voando sobre ele para salvarem Latias, protegendo suas feridas do impacto com o vento e lutando juntos para derrotar o vilão e seu Hydreigon. 

Contudo, na realidade, o episódio tentou passar uma maior conexão entre Ash e Latios, como seu título sugere, do que entre ele e a própria Latias. O vilão chega a debochar de Ash, por afirmar que ele quer bancar o treinador do Lendário, e, na despedida, o herói se refere a voltar a lutar ao lado dele, enquanto nada diz a Latias. Não achei essa mudança muito legal e a atitude de Latios foi bem chata. Ele desconfia dos humanos, mas Ash salvou ele e sua dupla, cuidou das suas feridas, chegou até mesmo a montar nele e comandar seus ataques, para no fim ele fingir que nada aconteceu e sair bravinho? Não me desceu essa despedida. Pelo menos fizessem Ash e Latias se despedirem de forma bonita, mas puxaram a relação mais para Latios e de um modo ruim.

Outro ponto, se Latias estava tão desesperada para salvar Latios, porque esperou tanto tempo para pedir ajuda ao Ash? Primeiro que, desde o primeiro episódio, o garoto já tinha deixado bem claro o seu caráter. Segundo, passaram-se muito mais dias do que só os que os episódios nos mostram. Terceiro, quem está em grande desespero, arrisca-se, ao invés de esperar uma eternidade para pedir ajuda. Latios poderia ter sido pego já. O roteiro foi igualmente conveniente em fazer durante todos esses dias, talvez muitas semanas, o Lendário ficar preso em um local, sem ser petrificado ou vendido logo. Achei muito mal feito.

Retornos? Infernape e Hawlucha só fizeram voltar para a Poké Bola, o que é até compreensível, por terem participado do episódio anterior, se não fosse pelo fato da performance deles ter sido péssima e só Swellow participar desse. Sobre a ave, mesmo que em uma participação também breve, foi bem melhor do que a de muitos outros nesse último arco: graças a ele que o vilão não sumiu de vista, enfrentou Hydreigon sozinho para impedi-lo de se distanciar muito até Ash alcançá-los e revelou ter aprendido o Golpe de Ar. Foi petrificado e não serviu para mais nada depois disso, mas conseguiu ser relevante para o episódio. Senti falta de ver novamente a armadura dourada formada por ele e Pikachu, seria uma referência insana! 

Quanto a Misty, a garota até tentou usar algum Pokémon, mas sua Poké Bola foi atingida por um golpe e não soltou ninguém, o que não passou de uma desculpa sem sentido para justificar ela não entrar na batalha. Já o Médico Pokémon usou novamente Steelix, mas ele teve uma participação bem melhor nesse episódio do que no seu de retorno: serviu de montaria, batalhou e ainda revelou ter aprendido o Derrubada. Então, detestei a participação da Misty, mas a do Brock foi até que boa. Uma curiosidade positiva que vale também ser mencionada é que a prévia do próximo e último episódio termina com Ash pedindo para Pikachu ficar com ele para sempre. Um detalhe simples, mas muito bonito, que já nos prepara para o final.

As batalhas do episódio, apesar de não serem as mais memoráveis, foram boas. Tivemos Ash usando estratégia aqui também, ao utilizar o Psquíco não eficaz ao Hydreigon para despistá-lo e pegá-lo de surpresa. A própria curta batalha anterior, de Pikachu contra Latios, pode ser uma referência à memorável última luta do Ash na Liga Sinnoh. Porém, que vilão ruim! O grande vilão do arco final é extremamente genérico e mal aproveitado. Suas semelhanças à Caçadora J – a arma que petrifica, seu estilo e voar em cima de um Pseudo-Lendário – poderiam ter sido bem mais exploradas. Se ele fosse algum familiar da J, se soubesse que Ash ajudou a detê-la e guardasse ressentimentos, contribuiria para que tivesse maior profundidade e ainda faria referência direta a uma vilã excepcional, que foi uma das melhores dos originais do anime, se não a melhor. Para piorar, no final ele se mostra arrependido pelo crime, nem sendo tão malvado assim.

Alto Mare
e o filme "Heróis Pokémon" confirmados no final? Essa foi uma excelente surpresa, embora pouco útil para a história. Deve-se lembrar que o prólogo japonês do filme revela que muitos Latios e Latias vão ou saem de Alto Mare, o que faz ser plausível que uma Latias de lá, que não a que Ash já conhecia, exista. Além de usarem a música do filme para mostrar os Lendários voando pela cidade, Bianca e a Latias em sua forma humana são mostradas pela primeira vez na série principal, sendo essa a única aparição que fizeram desde o filme. Então, esse detalhe foi legal para canonizar o longa-metragem – inclusive, será que todos os filmes, exceto os do Ash paralelo, são canônicos e as provas de que não são apenas descuidos de roteiro? – e esclarecer para quem ainda não tinha entendido que eram Latias diferentes o tempo todo. Ainda assim, gostaria que Bianca tivesse mais participação e preferiria que fosse a antiga Latias a se envolver com Ash novamente.

E vamos chegar ao ápice da minha crítica negativa a esse episódio: a Equipe Rocket. Vemos unicamente Jessie, James e Meowth voltarem ao Quartel General, cada um querendo se tornar individualmente uma lenda da equipe vilã. Eles poderiam ter aproveitado esse retorno, já que quiseram seguir com isso de o trio se separar, para encontrarem o QG abandonado e descobrirem que a Equipe Rocket foi derrotada, o que os deixaria desacreditados e perdidos no que fazer. Ou poderiam não voltar ao QG, mas estarem em Hoenn, por os Lendários do episódio serem de lá, e encontrarem Arbok e Weezing. Acharia forçado reencontrarem os Pokémon justamente quando se reuniram com todos os devolvidos a eles, mas aqui seria mais natural. Jessie com Arbok e James com Weezing, seus primeiros Pokémon que foram deixados por eles forçadamente, para sua segurança – nunca quiseram partir – os lembrariam dos seus primeiros momentos, o que faria Jessie, James e Meowth (com alguma motivação particular), aos prantos, correrem um de encontro ao outro e se unirem de novo.

Acontece que, como uma continuação direta do episódio anterior, o potencial desperdiçado aqui foi absurdo! Foi o único episódio de sequência direta, algo que acreditávamos que não aconteceria nesse arco final. Quantas coisas não podiam ser feitas em um episódio duplo? Se o Ash não iria capturar Latias, para mim essa trama final deveria ser sobre a Equipe Rocket. Giovanni poderia ser o responsável por capturar a Latias do filme 5; os heróis receberiam um pedido de ajuda de Bianca; Jessie, James e Meowth se reencontrariam com seus Pokémon antigos dentro do próprio Quartel General; e toda a trama se passaria por lá, na derrota do maior vilão, em termos de duração, desse anime. Teríamos a finalização da Equipe Rocket, derrota de Giovanni, final melhor para arco da Latias e com um vilão mais interessante, participação maior das personagens do quinto filme e manteria o reencontro de Jessie e James com seus Pokémon antigos, que ajudariam na derrota do chefe, por sinal. Um enorme desperdício de potencial.


7° Lugar: "Ventos do Começo! A Estrada sem Fim!!"

Como primeiro, cumpriu bem sua proposta de episódio introdutório. Apresentou o clima mais leve que o arco final tem: Ash e Pikachu contemplando a natureza, bastante alívio cômico, lugares visitados não determinados, viagens sem rumo e com o único propósito de fazer mais amigos e auxílio a Pokémon livres, Beedrill e Latias, neste primeiro. Também foi introduzido o tão aguardado sistema de rotações – Noivern, Donphan, Sceptile e Buizel como primeiro time – com cenas fofas, em especial a entre Donphan e Pikachu como antigamente, e bastante destaque para eles. Além disso, aqui começou a trama de Latias, que conecta os episódios. 

Mesmo que o Lendário não seja o do Filme 5, ao ser encontrado ferido por Ash e receber seus cuidados, depois ainda vendo o garoto se arriscar para salvá-lo da Equipe Rocket, desenvolve confiança no humano e demonstra um misterioso interesse. Ainda existiram pequenos detalhes a serem mencionados, a exemplo de Ash demonstrando ter aprendido bastante com Brock, quando cuidou dos ferimentos de Latias; e a situação de Mimey, que gerou muitos memes, mas a sua reação ao Professor Carvalho pode ser tanto por realmente não gostar dele, como por, simplesmente, ele ter ido para o canto no qual estava varrendo. Um episódio divertido, mas que talvez prometa muito indiretamente e até inocentemente em relação a coisas que não conseguirá cumprir de forma satisfatória, por isso, antes de ver como seria o desfecho do arco da Latias, eu o colocaria em uma posição acima da que a que terminou ficando.


6° Lugar: "A Bordo de Lapras!"

Devo admitir que esse episódio foi o que me deu mais dor de cabeça para saber em que colocação botá-lo. Por quê? Simples, tem um enredo muito fraco, mas com uma execução megadivertida, e é um episódio do Lapras que não é do Lapras. Captaram a bomba de informações? Vamos lá! O episódio se trata, resumidamente, de Lapras pedindo a Ash, Brock, Misty e Pikachu ajuda para salvar um Wailmer preso. Conseguem libertá-lo, mas ele se enfia em uma caverna e evolui para Wailord, voltando a ficar preso. Novamente liberto, Ash quem precisa ser resgatado, e Lapras cumpre duvidosamente esse papel.

Pikachu obrigando a Equipe Rocket a ajudá-los
foi a melhor parte cômica do episódio. Além de ameaçá-los, o mascote da franquia deu a eles o trabalho mais pesado, pedalar o Robô Magikarp para puxar Wailord do buraco em que estava preso. No final, como se não bastasse, Pikachu ainda afundou os vilões. Mas, para a sua defesa, eles tentariam roubá-lo. Aliás, a parte do plano do Ash foi muito divertida, com todos desempenhando um papel: Pikachu liderando a Equipe Rocket, Brock com Torterra, Misty puxando Wailord com os Pokémon em terra e Ash com Bayleaf e Heracross fazendo cócegas para o Pokémon preso se mexer mais e se soltar da pedra. Com um Golpe Pesado, tudo se resolve no final. De brinde, também vimos Ash e Misty voltarem a usar as iscas estilizadas, quando o resgate ainda era a um Wailmer.

Sem dúvidas, outro acerto foram as rotações. Brock e Misty mostraram apenas Marshtomp e Gyarados, que não tiveram tanto destaque assim, mas desempenharam bem seu papel. Acredito que só me fez falta o usado pelo Médico Pokémon não ter evoluído para Swampert, como uma atualização do seu time, já que não houve nenhuma nesse arco final. Por parte do Ash, tivemos Kingler, Sirfetch'd, Heracross, Bayleaf e Torterra. Diria que os de Johto receberam maior destaque, mas o inicial de Sinnoh, mesmo com seu menor tempo de tela, mandou muito bem. Todos ajudaram na resolução do problema principal, de qualquer modo. Só Sirfetch'd que achei desnecessário terem trazido no lugar de outro Pokémon antigo. Curiosamente, essa foi a primeira vez que Kingler foi resgatado sem ser para batalha; Torterra revelou ter aprendido a Planta Mortal, que inclusive usou para puxar o Wailord preso; e temos Bayleaf com todo seu amor por Ash, que promete que brincarão depois de resolverem a situação. Muito bom!

Tantos pontos bons. Onde o episódio começa a errar? No Lapras, que, diga-se de passagem, era para ser o destaque do episódio, mas não foi. O Pokémon teve uma ligeiro reencontro fofo com Ash, com direito a um belo abraço; mas passou a maior parte do episódio tão menos relevante como qualquer outro Pokémon de Água que sentia pena do Wailmer/Wailord e torcia para que fosse salvo; até, no final, em uma referência ao episódio "Maré de Sorte!", desempenhar um papel mais relevante ao criar um plano para deslizar no gelo e salvar seu antigo treinador. Ou seja, Lapras teve destaque nos dois primeiros minutos, depois só voltou a ter nos quatro finais. A história foi muito mais sobre o Wailord do que sobre ele.

Fez falta também a aparição de flashbacks, pois fica parecendo que quiseram evitar mostrar o Tracey, para deixar de lembrar ao espectador que era ele quem deveria estar no episódio, não o Brock. No encerramento, o Observador Pokémon aparece, mas nem conta. E continuidades também não foram o forte aqui, uma vez que, no seu retorno em Johto, havia sido revelado que Lapras estava adulto e se tornou líder do cardume. No entanto, agora, voltou para a fase mais nova. Simplesmente por nostalgia? Provavelmente, já que foi como bebê que levou Ash nas costas durante as aventuras nas Ilhas Laranja, mas não deixa de soar desrespeitoso com o progresso do Lapras. O protagonista também menciona que o Pokémon se tornou líder do cardume como se estivesse deduzindo, mas ele já havia descoberto isso, novamente, no retorno que Lapras fez em Johto.

Mais esquisito ainda foi a ausência dos outros Lapras. Em uma comparação legal e muito válida, Brock e Misty disseram como Ash e seu antigo Pokémon se parecem, já que Lapras desviou seu caminho só para procurar uma forma de salvar o Wailmer/Wailord. Contudo, nada explica o motivo de os outros do cardume não quererem ajudar. Não sei se foi uma desculpa para os roteiristas não mostrarem a mãe do Lapras, já que eles fizeram o Pokémon voltar bebê, mas em Johto ele tinha a substituído como líder. Ou seja, estavam perdidos em sua própria confusão temporal. Seja como for, soou egoísta que todos não quiseram mover uma barbatana para ajudar o próprio líder. E não teve o cardume de Lapras ajudando, mas com tanta variedade de Pokémon de Água, é estranho que Misty não tenha esboçado vontade de capturar nenhum. A garota provou conhecer bem os Wailmer, mas nada além disso. Também senti falta de um maior carinho entre ela e Lapras, afinal, também viajaram juntos.

E a cena que o episódio colocou como o ápice do Lapras, com direito a música adequada de fundo, não fez sentido algum. Quando Wailord saiu da rocha gigante, pedras fecharam a passagem superior, por isso Ash não podia sair por ela. Depois, a maré começou a subir e o herói preferiu ficar voando nos braços de Heracross. Até aqui, ok. Sendo que bastava Ash seguir em frente. Só. O caminho nem era longo, a pedra não era tão larga. Mas, para Lapras ter o destaque que não havia tido até então, os roteiristas fizeram ele montar um plano para tirar Ash de lá, congelando a água para que ela não subisse – e não, pessoal, a maré não iria afogar Ash nos dois minutos que ele levaria para sair de lá nos braços de Heracross – e usando um túnel no gelo, criado por uma Esfera Climática do Wailord, para deslizar até o garoto. E esse túnel fez menos sentido ainda, porque era como se Lapras não pudesse ir por cima por conta das pedras, mas claramente havia espaço ali. Uma tentativa de criar um plano complexo, para mostrar que Lapras teve um papel relevante, mas foi sem pé nem cabeça. Surpreende-me não ter visto ninguém comentar sobre, porque foi surreal de mal feito.

Daí, entra a pérola do episódio. No final, Misty pensa que bastava eles terem capturado Wailmer que não teriam todo esse trabalho. Primeiro, esse não é o caso do Pokémon preso na terra que não pode ser capturado, porque Wailmer/Wailord não estava com parte do corpo enterrada, apenas preso em um local apertado, tanto que a parte debaixo dele ficava livre. Segundo, o episódio fazer piada com o próprio roteiro. Recentemente, popularizou-se muito a história fazer piada com suas falhas. Basta fazer uma piada sobre não ter conseguido ter uma ideia melhor, os fãs riem, e tá tudo certo. Mas, se você sabe que poderia ter feito um roteiro melhor, tem noção até por conta da piada que decidiu fazer, não era melhor e menos preguiçoso bolar uma ideia mais inteligente? Bem, nesse caso, foi mais conveniente ficar brincando de prender e soltar um Wailmer/Wailord. Por isso, considero o retorno do Lapras em Johto muito melhor, porque esse episódio que foi divulgado como protagonizado pelo Lapras não o teve como um real protagonista, e quando tentou foi de uma forma ruim e totalmente enganosa.


5° Lugar: "O Contra-ataque da Equipe Rocket!"

Esse episódio nos deu um valioso presente: o retorno de todos os Pokémon que Jessie e James deixaram no Quartel General da Equipe Rocket. Parece ter sido uma devolução permanente e eles não voltaram sem atualizações: Amoonguss e Carnivine aprenderam a Bola de Energia, o primeiro também aprendeu o Esporos e Seviper a Bomba de Lodo. Por sinal, essa é a primeira vez na história do anime que vemos Jessie e James com equipes completas, por isso os roteiristas devem ter tido a ideia de trazer os Pokémon do QG, por totalizarem exatamente seis Pokémon na mão de cada. Para ela: Wobbuffet, Seviper, Yanmega, Woobat, Frillish e Gourgeist. Para ele: Mime Jr., Carnivine, Yamask, Amoonguss, Inkay e Morpeko. Aliás, por falar no Wobbuffet, é a primeira vez que interagiu com os Pokémon de Unova, visto que não estava presente na série BW. Desde Diamante & Pérola, essa também foi a primeira vez que Jessie e James usaram Pokémon de séries anteriores, assim como o Delibird da Equipe Rocket não aparecia desde o final dessa mesma série. Ou seja, um presentão, não?

De brinde, ainda tivemos a dupla humana relembrando de todos os outros que foram libertos por eles ou deixados com outras pessoas. Achei plausível. Queria ver eles voltarem? Óbvio! Mas, seria conveniente demais o roteiro fazer com que Jessie e James achassem todos eles em um mundo tão grande. No máximo, James recuperar os que deixou com uma pessoa específica ou o reencontro com um Pokémon em específico liberto na natureza, talvez Weezing e Arbok por estarem juntos. Mas, bem, pelo menos foram lembrados e achei que fez sentido ser assim. "Ah, mas Bewear, Stufful e Growlith não apareceram nas memórias". De fato, mas devemos lembrar que os ursinhos nunca foram capturados por eles, o que, claro, não significa que não poderiam estar nas memórias; já Growlith nunca foi da Equipe Rocket, era do James quando mais novo, nunca esteve na equipe do vilão abobalhado no presente da história, desde a série Original. Então, poderiam ter aparecido, mas teve lógica da forma que aconteceu.

E o prometido plano desde a sinopse, foi bom? Divertido, mas fraco. Na realidade, essa é a minha opinião sobre o episódio de forma geral, mas, por enquanto, tratarei sobre o "contra-ataque". Depois que Mime Jr. garantiu seu Oscar fingindo estar atrás de uma Policial Jenny para trair a equipe e se juntar aos heróis, tivemos pequenas situações. Por exemplo, Amoonguss e Yanmega atacando juntos, com a ideia de colocá-los para dormir. Ótima, para ser sincero, se não fosse Brock e Ludicolo. Depois tivemos Frillish e Yamask em um tentativa de ataque surpresa, surgindo da névoa, mas, dessa vez, Misty quem interviu. Sobrando apenas Ash, Pikachu e Mime Jr., foi a vez de Carnivine e Gourgeist entrarem em ação, o que fez o garoto lançar Infernape e Hawlucha para a batalha, enquanto seu amigão Elétrico fugia com o "Pokémon indefeso". Pikachu foi encurralado pelas outras criaturinhas ainda não encontradas por ele, Mime Jr. revelou estar apenas fingindo e partiram para o ataque. Ataque esse que só não deu certo graças a Latias, que fez Ash enxergar o que acontecia por meio dos seus poderes. O herói foi até lá e, com ajuda do Lendário, mandou a equipe pelos céus novamente.

Tiveram pequenos detalhes muito legais: a animação e o carinho em si de Jessie e James por seus Pokémon, muito bonitinho; Gourgeist usando a Bomba de Sementes, como fogos para alertar de longe que o plano foi descoberto, como fazia na época das Performances de Kalos; Seviper mordendo o cabelo da Jessie, que foi como se conheceram; o ataque em conjunto que quase todos os Pokémon que retornaram do QG deram; Wobbuffet tendo que refletir um grande poder novamente; Pikachu bastante desconfiado do Mime Jr., no início. Aliás, sobre ele, sua participação foi a melhor no episódio, dos retornos, bem fofo e nostálgico com toda sua ligação com James e as mímicas, apenas senti falta da clássica Dança da Confusão. Ele fazendo todos obrigatoriamente dançar era engraçado e uma arma letal, como simplesmente não usar? Até fizeram o movimento aparecer, como uma atualização de ataques para Ludicolo, que voltou nesse episódio e foi dono de uma das cenas mais engraçadas, principalmente pela clara (in)disposição de Croagunk para dançar ao lado dele e de Brock.

Outra cena engraçada, agora partindo para Misty, foi Yamask tacando sua máscara no rosto de Psyduck, que entrou em desespero. Achei hilário. A Pokégirl mostrou recuperar sua Staryu para o time, quando entrou na batalha, mas sua participação foi bem fraquinha. O mesmo não se pode dizer dela com Croagunk, dupla que seguiu firme no episódio em acabar com as tentativas de galanteio de Brock. Além disso, Misty não chegou a conhecer Mime Jr. antes, por isso parecia surpresa com toda a situação; ela também foi a primeira a reconhecer Frillish, como uma boa conhecedora dos tipo Água; e, estranhamente, era ela quem deduzia que os Pokémon que estavam encontrando eram da Equipe Rocket, sendo que não conheceu nem metade deles, enquanto Ash... Achei esse ponto meio sem sentido.

Aproveitando que seu nome foi tocado, vamos para os retornos do Ash. Muito legal rever Infernape e Hawlucha, principalmente porque voltaram para batalhas, algo que gostavam bastante, ainda mais depois do que foi mostrado de Infernape querendo se aperfeiçoar mais e mais em Jornadas. Porém, a participação deles foi bem breve, nem os vimos lutar de verdade, parecia mais uma brincadeira. Os roteiristas poderiam ter colocado bem mais Pokémon do Ash para enfrentar a Equipe Rocket naquele final e de forma muito melhor. Mas, a estrela e grande herói do desfecho foi Latias, que, além de fazer Ash descobrir sobre o plano dos vilões, salvou o garoto quando ia cair de uma altura considerável ao salvar um Slakoth em queda. 

Sendo honesto, achei essa cena desnecessária. O episódio perdeu um pouco de tempo para ficar preparando a gente para essa atitude heroica do Ash, mantendo a sequência de ajudas que o protagonista deu aos Pokémon nesse arco final, mas Latias já estava vendo ele se esforçar para salvar Mime Jr., não precisava de outra atitude heroica nesse mesmo episódio, foi perda de um tempo que poderia ser usado para um melhor plano dos vilões. De qualquer forma, foi aqui que o Lendário se mostrou fora da invisibilidade, quando Ash deduziu que tinha sido salvo mais uma vez por ele. Misty, por sinal, citou que Ash já tinha contado a ela e Brock sobre ter ajudado o Pokémon. E ele quem fez a Equipe Rocket decolar, com o Psíquico, que nem deveria ter atingido Inkay e Morpeko por serem do tipo Noturno, diga-se de passagem. Por fim, Latias mostrou aos heróis, através de outra visão, que Latios precisava de ajuda, encaminhando-se para o final da sua jornada com o protagonista.

Foi um episódio bom e muito engraçado. Eu fico com um misto de sensações, porque acho que esse ataque final e definitivo (mas não tão final e definitivo assim) contra Pikachu poderia ser tão melhor, mas, ao mesmo tempo, é um episódio da Equipe Rocket e os episódios dela são sempre nessa energia mais boba e engraçada. Por isso me parece natural que o episódio tenha sido assim, mas, ao mesmo tempo, não me parece um bom último episódio focado neles. Esse contra-ataque com todos esses Pokémon poderia ter sido fenomenal, a arma que eles sempre quiseram, mas já falei muito sobre isso nos comentários sobre o episódio 10. Outro detalhe, Morpeko fez um total de 0 coisas do início ao fim. 

Para completar, questões ficaram soltas no ar. Por que Giovanni devolveu os Pokémon de Jessie e James a eles? Foi uma recompensa por terem descoberto o "Pokémon mais forte do mundo", ao finalmente terem uma prova do poder de Pikachu quando relataram os acontecimentos do Campeonato da Coroação Mundial? Foi para garantir que derrotassem e pegassem esse Pikachu? A Equipe Rocket estava acabando? Poderia ser, mas não seguiram por esse caminho. Nunca saberemos, mas acredito que foi a primeira ou segunda opção. Devemos lembrar que os vilões ajudaram a atrapalhar os planos de várias outras equipes e se deram os créditos por tudo ao passarem a informação ao Giovanni, como aconteceu com a derrota da Equipe Flare. Não é de se impressionar que o chefe dê alguma recompensa. 

Sobre o "fim da equipe Rocket", o final com o trio original se culpando pelo novo fracasso e rompendo a equipe foi inesperado. Não é a primeira vez que aconteceu, mas agora mistura tristeza e revolta. Tristeza porque você sente o peso do cansaço deles com aquela vida de sempre derrota, e revolta porque "Como esse é o fim da Equipe Rocket?". Obviamente não poderia acabar assim, e, agora no futuro, sabemos que realmente não acabou. Mas, o drama se tornou totalmente desnecessário, não foi bem usado para um real final bom para eles. Pelo contrário, só tentou criar a vontade nos fãs de vê-los juntos de novo, fazendo o que sempre fizeram, sem qualquer outra vida melhor. Detestei. Episódio engraçado, muito nostálgico, com um plano não tão bom, mas característico deles, e um final que carrega um drama que não leva a lugar nenhum. Acho que dá para entender a posição em que ficou.


4° Lugar: "E Estamos Olhando para a Mesma Lua!"

Outro episódio que não soma com grandes reencontros e acontecimentos, mas que tinha tudo para ser chato e se mostrou emocionante e cheio de referências bem feitas. Para começar, Pikachu decolar com a Equipe Rocket não é algo novo, do mesmo modo que ele se perder com Meowth e decidirem trabalhar juntos até reencontrarem seus respectivos grupos. Isso aconteceu muitas outras vezes, o que dava ainda mais chance de o episódio ser chato e repetitivo. Mas, ainda conseguiu ter sua unicidade. Primeiro que tiveram muitas cenas engraçadas, seja por parte de Meowth e Pikachu fugindo de um Gyarados, impacientes com a baixa velocidade de Caterpie ou a perseguição dos Venipede; seja pelo lado de Ash, Brock e Misty, com o medo da garota dos Pokémon Inseto e o medo do bando de Spearow que gerou a referência às poses que os Líderes de Ginásio fazem nos jogos Pokémon Red & Blue.

Não parando por aí, existiram três grandes referências ao primeiro episódio, "Pokémon, Eu Escolho Você!": Quando Meowth acerta uma pedra na cabeça de um Spearow e faz ele e Pikachu serem perseguidos por seu bando, semelhante ao que Ash fez no passado; o Rattata que rouba comida na mochila do protagonista novamente; e a queda de Ash e Pikachu em direção a um rio, mas dessa vez impedida por Latias. Contudo, outros episódios antigos também são retomados. A cena em que Pikachu consola Caterpie, que olha a Lua, por desejar voar como um Butterfree, em "Ash Pega um Pokémon!", foi referenciada, agora com o mascote ao lado de um Caterpie selvagem e sendo consolado por ele, pensando em seu humano. Já a Fruta Açam partida ao meio enquanto Pikachu estava com Meowth foi semelhante aos episódios "Arranjando Encrenca!" E "Um Susto Inesquecível!", quando fizeram isso com uma maçã, fruta que inspirou a que comeram nesse episódio. Ainda tivemos Misty de cabelo solto e o Robô Meowth, coisa que não víamos há certo tempo.

Porém, como escrevi anteriormente, só referência não faz um episódio ser agradável. O que esse teve a mais? Carisma e amadurecimento. Um quarteto de Pokémon selvagens ajudaram a nossa querida dupla a se reencontrar: Spearow, Rattata, Caterpie e Oddish. Exceto pelo último, que teve seu papel ao achar a Fruta Pêsso para curar Meowth do envenenamento, mas não se destacou muito; todos os demais tiveram muitas cenas cheias de carisma e muito contato com Ash, Pikachu e Meowth. E o mais legal é ver que, nesses paralelos com o passado, houve um amadurecimento enorme. Por exemplo, agora, Ash fez questão de ajudar o Spearow, mesmo que estivesse odioso com o garoto; e deixou Rattata comer a comida que roubaria dele, sentindo dó da sua fome, ao invés de simplesmente espantá-lo. Graças a isso, os Pokémon retribuíram, entrando na investigação do herói para recuperar seu melhor amigo: Rattata usando seu faro, Spearow chamando o bando para enfrentar os Venipede.

De quebra, o episódio conseguiu me fazer chorar e pensar o quanto sentirei falta de Ash e Pikachu. Ele mostrou ainda mais a conexão dos dois, como se pudessem estar tão conectados como Ash e Greninja pelo Fenômeno Laço, sentindo suas ações e pensamentos, apesar de não de forma tão clara. Misty e Brock reforçam isso ao apontarem como os dois são um só e a não possibilidade de imaginar um sem o outro, coisa que teremos que fazer ao olhar para o Pikachu do novo anime. Portanto, o episódio conseguiu ter uma pesada carga emocional, contento flashbacks de todas as séries com momentos chave: quando se conheceram, a fuga dos Spearow e a recusa da evolução, quando Pikachu decide não ficar com os outros da sua espécie, a chegada à Hoenn com o roedor adoentado, vitória sobre um Raichu em Sinnoh, Pikachu controlado por Colress em Unova, equipe de Kalos reunida durante o Festival de Coumarine, visita à Ilha do Tesouro em Alola e abraço pós-vitória contra Leon. 

Ainda acho relevante discorrer sobre o boné do Ash. Durante o especial de despedida do Ash paralelo dos últimos filmes, tivemos a surpresa de seu pai o deixar um presente, o boné clássico, o que emocionou muitos dos fãs. Também fiquei emocionado, mas me lembro de ficar incomodado quando usaram esse detalhe para dizer que aquele Ash era muito melhor que o do universo padrão. E, sobretudo vendo o esforço do Pikachu para recuperar o objeto, por saber o quanto seu humano gostava dele, não querendo simplesmente se salvar e voltar sem ele, somado ao Ash notando que o boné foi recuperado e agradecendo ao seu parceiro; eu prefiro muito mais o boné devolvido ao protagonista pelo Pokémon que o ama do que o dado a ele pelo pai que nunca apareceu. Não desmerecendo, mas comprar é mais fácil, recuperar se arriscando carrega muito significado.

Episódio perfeito, então? Só pontos positivos? Não exatamente. Os roteiristas deixaram de fazer Ash, Brock e Misty usarem mais Pokémon antigos que, com toda certeza, ajudariam muito na busca; especialmente os Pokémon do tipo Voador do Ash, ou Lycanroc para farejar. O único retorno foi o da Snivy, e foi terrível. Apareceu só para usar um ataque contra a Equipe Rocket e depois foi esquecida. Ela teria ajudado bastante no próprio episódio, se tivesse ficado fora da Poké Bola. E todos aceitarem Ash e Pikachu serem salvos pelo nada durante a queda do rio, por Latias estar invisível, não fez sentido. Outra crítica negativa que tenho é que, embora tenha sido muito emocionante, preferiria os flashback reanimados. Chega a ser estranha a junção do Ash com designs tão distintos em uma única cena. Destoa. E as cenas originais podemos rever a qualquer momento ao assistirmos os episódios anteriores, é muito mais interessante vê-las com o estilo atual de animação.


3° Lugar: "O Suspiro de Beartic!"

É difícil explicar como um episódio tão filler está em uma posição tão alta, especialmente se lembrar que, pelo título e sinopse, esse foi o que menos gostei. Uma história simples: os heróis foram ver a rara subida de Magikarp na cachoeira, nas montanhas geladas, mas tiveram seu plano frustrado ao encontrarem tudo congelado por um Beartic. Uma premissa bem básica. O clássico clichê do Pokémon que não consegue controlar seu poder, somado ao outro clichê do Pokémon que não consegue se enturmar com os demais. Contudo, é um clichê bem feito e isso faz total diferença.

Talvez a inversão do que se esperava do Pokémon foco seja o mais chamativo: Beartic, uma criaturinha fisicamente brutal e, geralmente, de personalidade fria como a sua tipagem, mostrou-se extremamente dócil e inseguro. Seu descontrole em relação ao próprio poder faz com que congele tudo ao redor e afaste os outros Pokémon de si. Ele próprio se afasta, temendo machucar os demais. Sem contar que a sua força é absurda, como dá para ver quando mostra ao liberá-la completamente no seu momento de maior tristeza, chegando a ser comparado ao Lendário Kyurem.

Acredito que o tato que eles tiveram de mostrar Ash descobrindo os sentimentos de Beartic não por simples observação de comportamento, ou por Pikachu contar a ele, mas por sentir a tristeza no olhar do Pokémon deu uma profundidade sentimental. Reforça sua característica de entender bem os Pokémon, quase como se fosse natural para ele. Brock e Misty fazem observações sobre isso, enquanto Ash se propõe a ajudar Beartic a dominar o seu poder; já Pikachu e Oshawott se empenham em ensinar o novo amigo a concentrar sua força e direcionar de modo controlado. Entre muitas falhas, são sempre presentes as mais diversas palavras de motivação e carinho do protagonista. De modo que, no clímax do episódio, quando o chão gelado se abre e Ash cai, é salvo pelo Beartic tanto na queda quanto para ser retirado dali, levando-o nas costas. E, nesse processo, para salvar suas vidas, o Pokémon aprende a controlar seu poder de Gelo. Após isso, conquista o carinho dos outros Pokémon da floresta gelada, dando conchas de gelo como as de Oshawott, e passa a viver em harmonia com eles.

Como mencionado antes, uma trama simples e clichê, mas bem feita. Beartic é muito carismático, teve uma conexão bastante bonita com Ash e não é nada difícil imaginar o desfecho do episódio com uma captura. Infelizmente, não quiseram somar novos Pokémon ao time do Ash nesse arco final, o que é uma pena. Independente disso, foi um episódio bonito, divertido, com uma bela mensagem de persistência e que mostrou ainda mais da conexão do Ash com os Pokémon. Não é um episódio necessário, no sentido de que, se não existisse, alguém sentiria falta. Mas, tendo sido feito, conseguiu ser muito mais tocante e interessante do que muitos outros que tinham tudo para ser bem melhor.

Visualmente, além de o episódio ser bem bonito, temos o trio usando roupas de frio. Misty usa uma jaqueta em referência à sua roupa dos jogos Pokémon HeartGold & SoulSilver, enquanto alguns fãs acreditam que a de Brock seja em referência a Pokémon Let's Go, Pikachu! & Let's Go, Eevee! Como se não bastasse as referências legais, são feitos muitos retornos. Para a Misty, temos o icônico Starmie aparecendo; e, para Brock, o também marcante Forrestress, apesar de terem esquecido que a sua Poké Bola na realidade é uma Bola Rápida. São participações muito breves, mas ajudaram de alguma forma.

Sobre as rotações do Ash, os recuperados da vez foram: Oshawott, Incineroar, Talonflame e Snorlax. Se, por um lado, a participação do Snorlax é bem ruinzinha, a dos demais é muito presente durante todo o episódio, tornando todos essenciais para a trama ali contada. Por meio da habilidade Corpo Flamejante, Incineroar e Talonflame quebram o gelo e mantém os outros aquecidos e protegidos, especialmente Brock e Misty. Acredito que um dos detalhes mais legais é justamente ter muita interação entre esses Pokémon trazidos por Ash, como quando Oshawott e Pikachu resolvem se esquentar nas costas de Talonflame e, depois, voarem com ele.

Não ganhamos um confronto digno para Incineroar, mas o vimos usar pela primeira vez um ataque depois de ter evoluído. E, no tocante a movimentos, o Pokémon de Alola também mostrou ter aprendido o Lariat Escuro; antigo golpe assinatura da espécie, que, se o treinador conseguir o Incinium Z, permite ele usar o Movimento Z Mortal Malicioso. Portanto, a participação dos Pokémon antigos é tão boa quanto presente nesse episódio, especialmente a do Oshaowtt, cheio de cenas fofas e importantes para a resolução do problema. Por conta disso, eu o resumo como um clichê bem feito. 


2° Lugar: "O Arco-íris e o Mestre Pokémon!"

O episódio já começa com as despedidas de Misty e Brock. A Líder de Ginásio volta para o ginásio, em Cerulean, mostrando-se agradecida por ter viajado com os amigos. Tirando por Psyduck sair da Poké Bola e abraçar choroso o Pikachu, achei a despedida da Pokégirl bem seca, mais por parte dos garotos do que dela, especialmente do Ash. Brock ainda fez uma gracinha, desejando cumprimentos às suas irmãs e insinuando que queria se aproximar da família, obviamente, com segundas intenções, mas Croagunk o parou. Por outro lado, quando foi a vez dele de se despedir, seguiu para Pewter com a promessa de que ele e Ash voltariam a viajar juntos, o que me pareceu muito mais bonito.

Foi muito interessante ver o dia a dia de Ash em Pallet também. Muitas atividades rotineiras são mostradas, como ele tomando banho com Pikachu, voltando a vestir o pijama – e quase indo de novo ao Laboratório do Professor Carvalho vestido com ele –, fazendo diversas refeições, contando para a sua mãe sobre os amigos e Pokémon que reviu, cuidando dos seus Pokémon e brincando com eles. Achava que teriam mais cenas de Ash com seus Pokémon do que as já mostradas no Twitter oficial do anime, para ser sincero. Essas rápidas situações serviram para recuperar alguns dos Pokémon que não apareceram em sua rotação: Tauros, Muk, Quilava, Glalie, Staraptor, Pignite, Unfezant, Palpitoad, Baldore, Scraggy e Kroocodile.

Acredito que poderiam ter mostrado os iniciais de Kanto mais rapidamente, tirando isso de Ash precisar buscar o Charmander perdido e tendo interações mais diretas com os seus Pokémon. A maioria deles apareceu também procurando o inicial de Fogo, não brincando com o protagonista. Mas, foi justamente nessa situação que o herói reencontrou Gary, que, antes de partir para sabe-se lá onde, já que não especificou, deixou os seus parabéns pela conquista do amigo e o perguntou o quanto estava perto de ser um Mestre Pokémon agora que era Campeão Mundial. Ash ficou pensativo sobre isso por dias, pelo que pareceu.

Mas, nesse tempo em Pallet, além de rever sua mãe, o Professor Carvalho, Gary e seus Pokémon, Ash reencontrou Tracey. Foi uma cena rápida, é verdade, mas que finalmente deu a ele uma participação com falas. Quando se viram, Tracey estava prestes a sair para algum canto indeterminado, senti falta de mencionar que iria até Cerulean, talvez, e Ash poderia contar que o amigo deu sorte porque Misty estava viajando com ele e acabou de voltar para lá, mas não quiseram manter essa continuidade. Ainda assim, todos os seus Pokémon apareceram, algo legal porque, nas últimas vezes que foi mostrado, era apenas ele, sem nenhum. A interação entre Marill e Pikachu foi superfofa, e, depois, quando voltou para o Laboratório, foi possível rever o seu Scyther, que mantiveram com o seu visual mais desgastado, de guerreiro ferido, e Venomoth! Pela primeira vez no anime, vimos um Pokémon do Tracey que evoluiu, o que, de certa forma, atualizou seu time. Gostei demais! A partir disso, May e Max foram os únicos amigos que Ash não reencontrou em Jornadas, por conta do problema da voz original da Pokégirl, que a impede de ter participações com falas.

Escrevendo sobre reencontros, descobrimos que, no Quartel General da Equipe Rocket; Jessie trabalhava como garçonete, James como cozinheiro e Meowth pegando os pedidos, ainda sem se falarem, para a tristeza de Wobbuffet. No entanto, os três têm a ideia de pegar Pikachu, enquanto ele e Ash passeavam pela Floresta de Viridian, e decidem se unir novamente. Por usarem Carnivine e Gourgeist, notamos que os quase vilões continuam com seus antigos Pokémon. Sem estar com outro Pokémon para ajudar, Ash recebe um apoio inesperado que salva Pikachu e permite que o mascote da franquia decole a Equipe Rocket uma última vez para nós, fãs. Animados por voltarem ao sonho de capturar Pikachu juntos, a equipe decola feliz.

Basicamente, o final da Equipe Rocket, já adiantando o desfecho do episódio, é esse: seguir o sonho de capturar o Pikachu. Ou seja, algo que sabemos que eles nunca vão conseguir! Sendo direto, eu odiei. Pode soar engraçado, "poxa, eles vão continuar apanhando", mas acho bem triste. Jessie, James e Meowth vivem uma vida de fracasso, passando fome direto, e nós sabemos que eles são bons, no fundo. Mereciam seguir seus outros sonhos, que não pegar o Pikachu: a Jessie se tornar uma grande estrela, o James o maior colecionador de tampinhas (haha), não sei. Mais perfeito ainda seria se voltassem para Alola, agora com seus antigos Pokémon, todos para viverem com Bewear e Stufful. Mas, existe uma possível explicação para o final ter sido assim, ruim, ao meu ver, que desenvolverei posteriormente. Ainda assim, preciso dizer que gostei do detalhe de James tomando uma bebida com a foto do Granbull para voltar ao trabalho, uma possível referência ao Red Bull; e, não sei vocês, mas achei esse última lema deles a coisa mais linda! Tanto visualmente, como emocionalmente, por sabermos que é o último.

Agora, vamos falar da estrela e maior surpresa do episódio. Quando Pikachu é pego e Ash percebe que não tem nenhum outro Pokémon para salvá-lo, eis que surge um grito na floresta, e, nossa, eu me arrepiei, mesmo sabendo do spoiler. Simplesmente, Pidgeot desce do céu e salva seu amigo Elétrico. Nota-se que a Equipe Rocket se mostrou surpresa com Ash agora ter um Pidgeot, o que é muito coerente, porque eles não presenciaram a evolução. Foi um detalhe simples, mas que achei ótimo. Acontece que Ash percebe como os Pidgey e Pidgeotto protegidos pelo seu antigo Pokémon estão bem, por isso o pergunta se vai voltar ao time. Com um lindo abraço de asa, Pidgeot volta para o treinador. Isso me pegou muito de surpresa. Sério. Esperava que Ash iria reencontrá-lo, mas ficaria ainda protegendo as suas pré-evoluções. Desde "Uma Festa de Arromba!", quando Ash deixava Kanto pela primeira vez, esperamos por esse momento. A cena foi perfeita, o retorno foi perfeito. Sem dúvidas, o ponto mais alto do episódio. A partir disso, por sinal, Ash se reecontrou com todos os Pokémon não temporários que libertou para a natureza.

Temos, então, a cena da chuva, onde Ash reflete sobre as palavras de Gary e conta a Pikachu o que é ser um Mestre Pokémon. Cercado de criaturinhas de Kanto que também se abrigam para não se molhar, o garoto diz que ser campeão não era a meta, por isso não passa de um competidor ainda para se tornar um mestre. Existem novas aventuras e Pokémon para conhecer, e ele quer ser amigo de todos. Isso fará dele um Mestre Pokémon. Então, quando o tempo abre, olhando um arco-íris, Ash pede para que Pikachu esteja com ele quando realizar o seu sonho. Depois disso, começa uma nova jornada, acompanhado do seu fiel Pikachu e seguido pela Equipe Rocket.

Ok, o que eu achei do desfecho do episódio final? Primeiro, preciso reafirmar o meu incômodo com Ash e Latios. Ao dizer que nada acontece por acaso, o garoto cita ter conhecido Latios, como se insinuasse ser algo do destino. Não existe problema algum em criar um laço entre eles, o que me incomoda é que, depois que Latios foi introduzido no arco final, é como se a conexão com Latias fosse irrelevante ou não tivesse existido, de acordo com as falas do próprio protagonista. Segundo, a respeito dos sapatos, começamos o anime com Ash colocando o boné com a logo da Liga Pokémon, tão especial para ele, e terminamos com ele recusando usar um  par de sapatos que a mãe lhe deu com a mesma logo. O herói resistiu, inicialmente por estar apressado, depois enquanto era tomado por suas reflexões. Quando reestabeleceu o seu objetivo, finalmente aceitou os calçados e terminou o anime da mesma forma que começou.

Essa mensagem é muito bonita. O Ash é uma criança tão nova, ao mesmo tempo em que o Mundo Pokémon é tão grande, tão rico, tão ainda inexplorado. Como ele poderia já ser um Mestre Pokémon? Talvez seja algo que ele nunca acredite realmente poder alcançar plenamente, pois a vida é dinâmica e está sempre fazendo surgir o novo. Novo esse que o Ash quer conhecer e abraçar. Eu entendo que alguns fãs se frustrem, pois "Ash sempre fez amizade com todos, por que ele nunca disse isso antes?". Primeiro porque os roteiristas provavelmente não tinham decidido ainda. Segundo porque, dentro da história, o próprio Ash só percebeu o que era ser um Mestre agora. Só agora, graças ao Gary, ele pensou, "Tá, eu sou o treinador mais forte do mundo, mas se eu não me sinto um Mestre Pokémon ainda, o que falta?". E, embora pareça um pouco simples – porque, como disse, a vida é dinâmica, é um objetivo que sempre vai se fazer incompleto, portanto, complexo –, é um sonho que estará sempre crescendo e se atualizando.

Por isso, eu gosto de essa ser a definição para Mestre Pokémon. Muitos queriam metas, eu mesmo gostaria de algumas, do tipo "derrotar todos os Elite 4", "capturar todos os Pokémon Lendário", etc. Mas isso é tão finito. Você conquista e pronto, acabou. Novamente, entendo a frustração, mas eu consigo gostar de ser clichê o significado de Mestre Pokémon. Contudo, tem outras questões do final que não gostei, para além do desfecho da Equipe Rocket: sério que não mostraram o Ho-Oh com o arco-íris? Certo que é um detalhe mais estético e simbólico, mas é o que representa o sonho do Ash desde o início, custava nada. 

Outro ponto foram as flores do final e os sapatos, fazendo referência ao encerramento "Type: Wild" usado no episódio, simbolizando essa busca pelo sonho que vai se realizar do herói. Isso foi legal, mas a versão da voz original do Ash cantando o encerramento com o fundo sendo as imagens antigas da versão original desse mesmo encerramento... No maior estilo Sol & Lua ou Jornadas antes do arco final, queria ver nossos queridos protagonistas. Todos os companheiros de viagem do Ash evoluindo em seus sonhos. Sendo honesto, gostaria de vê-los mais velhos, tendo conquistado seus sonhos. Mas, já que não queriam fazer um salto temporal, mostrassem eles no tempo presente mesmo, executando o que amam, só para nos emocionarmos e nos despedirmos. Seria a última vez que os veríamos. É o final do anime do Ash, sabe? Cadê aquele peso e sensação de avanço no final. Nem mesmo mostraram todos os Pokémon dele.

Acredita-se que Ash e Pikachu não tenham de fato partido. Talvez continuem protagonizando os filmes; podem aparecer como participação especial no novo anime; ou até mesmo, caso os novos protagonistas não sejam bem aceitos, voltem a protagonizar a série seguinte à que se inicia agora. Temos indícios para isso? Além de alguns comentários em entrevistas e da frase final do episódio que destaca um novo começo para o herói, como acontecia ao fim das séries anteriores, o próprio Twitter oficial do anime, depois do episódio final, garantiu que a jornada de Ash e Pikachu vão continuar em algum canto. A expressão é ambígua, talvez até propositalmente, podendo ser "canto" no sentido de que a dupla vai se aventurar por alguma região no off screen (o que já sabemos), ou no sentido de que vão continuar aparecendo em outra produção, a exemplo dos filmes. Além disso, o enredo ter feito Ash e Pikachu começarem uma nova viagem, a Equipe Rocket continuar atrás deles e até mesmo a promessa de viajar de novo com Brock são brechas para voltarem exatamente de onde pararam.

Vejo essa decisão como covarde. Se a ideia for continuar com Ash nos filmes, é até aceitável, mas se ele ficar apenas como uma saída caso o novo anime dê errado é muito injusto. Vamos supor que o novo anime dê certo, Pokémon Horizontes, e eles achem que não é necessário trazer o Ash de volta mesmo. Deixamos de ver ele adulto e já tendo alcançado o seu sonho em um prólogo, de ver a Equipe Rocket mudando de vida, os companheiros de viagem também com seus objetivos conquistados, só por medo de dar um fim e precisarem voltar atrás? Daria para voltar com o Ash criança mesmo se mostrassem esse progresso, mas não quiseram. Possa ser que os roteiristas ainda tenham planos muito bons pela frente? Sim, mas falta transparência para nos tranquilizar nesse sentido. O que parece é que acabou assim para, se for preciso, voltarem e fingirem que nunca decidiram acabar. 

É um final que não tem cara de final definitivo, não serve como um bom final para o anime e seus personagens mais importantes como um todo e não emociona – apesar de eu ter chorado – no nível dos outros finais. Você chora mais por saber que é o final, do que por ser um final megaemocionante e bem construído. O episódio entrega o que "Pocket Monsters: Aim to Be a Pokémon Master" prometeu, revelar o que é ser um Mestre Pokémon, ou seja, cumpre o seu papel. De brinde, temos interações com Tracey e atualizações para o seu personagem e o tão desejado retorno de Pidgeot. No entanto, esse episódio não é só o episódio da revelação do que é ser um Mestre Pokémon, é um episódio final, e ele não convence que todas as temporadas do anime se encerram com esse desfecho. Muitos pontos bons, especialmente o Pidgeot, mas fica um gosto estranho na garganta, uma sensação de incompletude.


1° Lugar: "Ash vs Misty! Um contra um na Praia!!" 

Não podendo ficar em outra colocação, esse é um episódio sensacional! Como se não bastasse trazer Misty de volta, que se inspirou na conquista do amigo para deixar o Ginásio de Cerulean com as irmãs e partir em uma nova jornada, o episódio foi uma nítida referência ao antigo "Duelando pelo Totodile!", no qual a dupla batalhou para ver quem ficaria com o inicial de Água: Ash e Misty se enfrentaram por um Pokémon de Água, um Clauncher; a presença de Totodile também nesse episódio; e a líder de ginásio usando Politoad (também usado na batalha referenciada, quando ainda era um Poliwag, por sinal evoluindo nela para Poliwhirl). 

A propósito, embora rápido, o confronto foi legal e com trocas bonitas de se assistir. Dessa vez, ao contrário do episódio do Totodile, Misty quem se saiu vitoriosa, o que a permitiu atualizar a sua equipe com a captura de Clauncher e dar uma derrota ao Ash pelas mãos de um dos companheiros de viagem, que não acontece desde que o herói perdeu para Iris em um Clube de Batalha de Unova. E essa vitória de agora rendeu reclamações, já que "Como Ash perdeu para Misty se ele é Campeão Mundial e ela é só uma Líder de Ginásio? Incoerência, perdeu o título, etc". Sendo bem preciso, a batalha foi entre Pokémon do tipo Água, o que automaticamente garante certa vantagem para Misty por ser sua especialidade; ela treina seu Politoad a mais tempo do que Ash treina seu Corphish, e provavelmente com mais frequência também, por viver batalhando em seu ginásio e ter menos Pokémon para rotacionar na hora dos combates. Ou seja, fez bastante sentido. Sem mencionar que Corphish lutou muito bem, não é como se tivesse levado uma surra.

Falando em rotação, além dos já mencionados Corphish, o destaque do episódio, e Totodile, que aumentou a referência feita e mostrou seu jeito sempre energético (Porém, senti falta dele torcendo e pulando durante a batalha); tivemos Leavanny e Rowlet como uma das duplas mais fofas que os fãs não sabiam que precisavam ver: o Pokémon babá e o bebê coruja. Só cenas adoráveis envolvendo esses dois. No entanto, parece que Misty não percebeu que Leavanny era do tipo Inseto, ou melhor, os roteiristas parecem ter esquecido disso nesse episódio. Por parte da Pokégirl, seu fiel Psyduck gerou cenas engraçadas, como de costume; Politoad mostrou como sua dona tem se aperfeiçoado como líder de ginásio, inclusive revelando ter aprendido os movimentos Ricochetear, Explosão Focalizada e Jato d'Água; e os roteiristas lembraram do seu Azurill, que ela passou a levar nos braços no lugar do Togepi, temporariamente.

Mas, como se já não tivesse motivos o suficiente para o episódio ser muito bom, o que é mais espetacular, já que se trata do retorno da Misty, é justamente em como foi fiel a personalidade da personagem. Gostem ou não dela, a Misty é o que esse episódio mostrou, ao contrário dos seus retornos anteriores, que tentaram deixá-la menos briguenta com o Ash. Sério, foi muito fiel a Misty da série Original. As competições, provocações e divergências entre a dupla de amigos trouxe de volta a divertida dinâmica que tinham desde que se conheceram e gerou muitas cenas engraçadas. E não só na implicância a Misty voltou idêntica, mas também no seu amor por Pokémon de Água e conhecimentos sobre pesca e o mar. Sua paixão pelo Clauncher me lembrou até de quando descrevia seu amor pelos Tentacool e Tentacruel. 

Também foi bonitinho ver Corphish chorando depois de perder e sendo consolado por Ash. É normal que tenha se frustrado, faz tempo desde a sua última batalha contra algum treinador. Deu para ver que o Pokémon estava treinando no Laboratório do Professor Carvalho, tanto por sua sede de luta, quanto por ter aprendido dois novos golpes: Garra de Metal e Aqua Jato. Ao mesmo tempo, a relação que construiu com Clauncher é bem legal de se acompanhar no episódio. Porém, curiosamente, com a confirmação de Corphish e Clauncher como machos e a revelação de um sentimento amoroso por trás da rivalidade deles, essa é a primeira vez que dois Pokémon do mesmo gênero são mostrados apaixonados no anime.

E mais referências foram feitas, tornando tudo ainda melhor. A começar pela da isca da vara de pescar, do Cilan, que já preparou terreno para a volta desse personagem e ainda gerou outra cena engraçada. Mas, acho que o mais legal foi o reencontro de Ash e Misty começar com ela fisgando o seu braço, assim como quando se conheceram; e terminar com a líder de ginásio decidindo voltar a viajar com Ash, mas sendo orgulhosa demais para admitir isso sem inventar uma desculpa, que no caso foi manter Clauncher próximo a Corphish, igualmente como na primeira vez disse que faria isso apenas pela bicicleta. E, claro, Pikachu votou em apoio para viajarem como nos velhos tempos. Então, acho esse o melhor retorno da Misty e um episódio fantástico!


Foi isso! Essa nem mesmo é uma lista definitiva, posso acabar mudando de ideia, mas já está postada. Adoraria saber de vocês: concordam? Discordam? Qual o seu top 11? Sintam-se à vontade para compartilhar! Eu amarei ler as suas justificativas e, quem sabe, até mudar de ideia. Alguns pontos não citei nessa postagem, outros irei desenvolver melhor na próxima, mas planejo fazer pelo menos mais duas matérias sobre esse arco final e mais três da série Jornadas como um todo. Já estão se recuperando do fim do Ash e Pikachu no anime ou vão precisar de algumas semaninhas também? Haha


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Sobre Ersj
anos, Recife-PE, tem Pokémon como a sua franquia preferida desde os 7 anos. Sua mídia favorita é o anime, seguida dos jogos da saga principal e de Pokémon Go. Ama livros e séries, principalmente de fantasia; os filmes que mais assiste são animações, e “Imagine Dragons” é a banda pela qual tem maior apreço. Seu Pokémon predileto é o Pikachu e seu maior sonho é se tornar um escritor.
E-mail: ersj@pokemothim.net

16 comentários:

  1. Eu já esperava que o episódio final deixa-se a desejar, um fim um tanto agridoce pra série, que deixa em aberto que Ash e Pikachu ainda terão aventuras, mas que não iremos mais acompanha-las. A impressão que dá é que eles queriam se livrar do Ash o mais rápido possível nessa reta final, resultando nesse fim de saga não satisfatório.

    Bom, o que tá feito, tá feito, não tem nada que possamos fazer sobre isso, esse é o fim que os roteiristas escolheram pra história do Ash, e por mais que eu não tenha gostado, o mínimo que eu posso fazer é respeita-lo, e desejar boa sorte com a nova série. E talvez, se posso ser esperançoso, um ultimo filme com o Ash como protagonista, talvez mais velho, um final definitivo mais satisfatório e merecido pro personagem.

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  2. Nossa, eu achei que essa saga foi um tremendo dedo do meio na cara dos fãs. Perdemos 140+ episódios em uma das piores sagas do anime (Jornadas) para que nos 11 episódios "bônus" os fãs ganhassem o fã service que mereciam em uma saga inteira, e pior, a maioria feita de forma preguiçosa e sem vergonha.
    Pra que episódios filler em uma saga que tem apenas 11 episódios? Não tem sentido nenhum, a não ser ter um roteiro extremamente preguiçoso. Se a Kasumi conseguiu ter uma captura nova, O Tracey ter uma evolução no time, porque diabos não deixaram o Takeshi, o Dent e principalmente o Satoshi terem também?
    As rotações dos pokémons também foram extremamente preguiçosas e mal escritas, o Ace da Kasumi sempre foi a Starmie (lembrando que na série original ela o deixou no ginásio por causa da apresentação que as irmãs faziam) e do Takeshi o Steelix e o que eles me fazem? Os dois mal tiveram uma participação decente. Cadê o Butterfree? Apareceu no último episódio de jornadas e nunca mais, cadê o Primeape? O Pidgeot apareceu no ÚLTIMO episódio, quando poderiam ter feito ele aparecer antes e dado um tempo de tela maior entre os dois do que 4 minutos. O Horsea da Kasumi virou lenda e nunca mais apareceu, e não terem nem feito o fã service de me aparecer o Togetic dela?! Não aceito de forma alguma que não trouxeram o Weezing e a Arbok da equipe rocket, o roteiro já tava cagado mesmo e com várias "coincidências", poderiam ter feito essa de qualquer forma. E POR QUE não me deixaram o Satoshi ficar com essa Latias?! Não tem a menor explicação!
    Poderiam ter trazido para uma despedida decente todos os outros companheiros dele. "Ah mas tivemos jornadas pra isso", mas nem aquela série fez direito! E teve 100x mais tempo pra isso! O time do Satoshi de Jornadas nunca me convenceu, eu eu já tinha comentado isso, então pra que me usar eles nesses 11 episódios, sendo que eles tiveram uma série inteira pra aparecer?!
    Furos de roteiro, histórias preguiçosas, mal aproveitamento de personagens e um final que foi totalmente covarde, sem vergonha e CLARAMENTE, e eu repito CLARAMENTE, feito para deixar o personagem em stand by para tentar salvar a série nova que vai vir (e vai flopar lindamente, porque os fãs japoneses já estão torcendo o nariz), até porque temos só dois protagonistas e "uma vaga aberta", adivinha quem vai aparecer nessa vaga aberta, fazendo o papel do Takeshi?
    De verdade, foi uma verdadeira bost* esses últimos episódios e Jornadas, não tem fã service no mundo que perdoe a má qualidade que foi apresentada. O "roteirista" (porque ele claramente não tem capacidade nem para ser chamado assim) devia ter sido afastado do anime a muito tempo já. Acabou e foi como se tivéssemos desperdiçado 25 anos de nossas vidas para receber um encerramento tão porco.

    PS: E de verdade, o povo precisa parar de ficar cego pela nostalgia e querer defender uma coisa que não tem defesa. O encerramento foi ruim, BEM ruim e não tem como dizer o contrário, mesmo sendo o fã mais ferrenho.

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  3. Adorei seu top 11. Concordo especialmente com as primeiras colocações. O ep da Misty foi incrível e me deixou animado para os próximos, mas infelizmente eles não sabiam muito o que fazer até chegar no ep 11. As referências foram lindas, em sua maioria, mas convenhamos que esse especial fica bem fraco sem o filtro de nostalgia e entendimento de nossa parte que não queriam dar um final definitivo. E eu entendo isso se formos pensar no lado comercial, mas quer dizer que esses 11 episódios podem perder completamente o peso se voltarem atrás na ideia dos novos protagonistas. Sinto que veremos Ash e Pikachu novamente de alguma maneira, e ficarei feliz com isso, mas vou torcer para o novo anime ser incrível e que um dia Ash volte como mentor ou o campeão a ser batido e não mais como nosso protagonista de 10 anos. Porque é difícil fazer ele evoluir mais sem um salto temporal. Porém, pode ser utilizado como uma figura endeusada aos olhos de outros personagens, o que até nos faria perceber que todos tem sua história e que um dia campeões como Leon, Lance e Cynthia também já foram crianças sonhadoras e viveram tantas aventuras quanto Ash. A jornada continua...

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  4. Eu também penso assim. Não estou satisfeito com o final, mas não desejo mal para o novo anime. Pelo contrário, espero que dê certo e que, mesmo assim, possamos ter mais conteúdos do Ash também.
    Se os filmes mostrassem o Ash mais velho seria perfeito! Agradeço por deixar a sua opinião! ^-^

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  5. Eu concordo bastante com a maioria dos seus comentários, tentarei trazer mais isso na minha análise geral. Vou comentar de leve, para não acabar transformando isso no meu próprio post kkk, mas sim! Eu coloquei alguns dos fillers em posições altas aí, mas só porque os que não eram fillers foram tão mal feitos que cumpriam bem pior a sua posição, porque eles tinham tantas coisas para fechar que não deveria ter filler nenhum. O desenvolvimento do Brock para mim foi o pior, porque ele participou com um motivo ruim, não ficou mencionando seu sonho, não capturou nenhum Pokémon novo e nem sequer usou a Blissey, que é o que representa a sua profissão atual.

    Sim! Essa é uma das coisas que citei que o episódio 1 prometeu mas não cumpriu de forma satisfatória. Talvez as pessoas imaginem que falava apenas da captura de Latias, mas são muitas coisas, a exemplo das rotações mal feitas. Começou bem, na minha opinião, mas depois se perdeu totalmente. Muitos Pokémon deixaram de aparecer, retornos deixaram de ser feitos.

    Pois é, moça! Eu tô digerindo até agora terem usado Sirfetch'd, Gengar e Dragonite, sendo que tantos Pokémon antigo ficaram de fora. Tipo, quem é que teve essa ideia? Quem foi que achou que isso seria bom? Para mim, os roteiros ruins foi o que mais pesou. Eu detesto o episódio do Squirtle ser eles brigando quase até o fim, o episódio do Lapras ele só se destacar em um plano para salvar Ash, que nem precisava ser salvo. Você citou um ponto que eu não coloquei, mas irie mencionar na minha análise geral, que eu traria o Pidgeot no primeiro episódio, mesmo que a cena fosse igual, porque aí teríamos mais participação dele sem ser apenas o reencontro. Então, as pessoas veem esses fanservices: Squirtle voltando, Lapras de volta, viagem com Brock e Misty, e automaticamente dizem que foi perfeito, mas só nostalgia não segura. É o que escrevi lá no início da postagem e, provavelmente, será o título da minha análise geral: não é porque não prometeram, que não pode ser ruim. "Ah, mas não prometeram que as rotações iam trazer todos", "não prometeram que o desfecho de Latias seria bom", e não precisava prometer, sabe? Foi ruim. Enfim...

    Agradeço por deixar o seu comentário! ^-^

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  6. Eu acho que quando você vê o começo do especial e depois pega o desenvolvimento, começou bem, mas poderia ter caminhado de uma forma tão melhor. É o que você disse, o ep da Misty foi sensacional, a ideia da Latias parecia que ia seguir muito bem dali. Vi o pessoal comentando que eles nem iam fazer o especial, de acordo com as entrevistas, era só para ter algo até lançar o novo anime. Mas, custava fazer algo bem roteirizado? Era só pensar um pouquinho, não iria matar ninguém. Amei o ep do Beartic, mas eu trocaria ele facilmente por um ep do Primeape, por exemplo. Eu faria Ash assistir, mesmo que no final de um episódio, uma apresentação da May. Como primeira coordenadora que conhemos, assim como Serena já indicou isso também, ela poderia estar bem famosa e acabou tendo que ir para outro lugar, mas Ash encontra Max e deixa uma carta para ela, já que não iam conseguir se ver. No final do ep, a gente vê ela abrindo a carta com um sorriso no rosto, cheio de nostalgia. Assim, conseguiriam fazer o contato sem ela precisar falar, simples. E, de novo, só no final de um ep, que poderia ser todo aproveitado para outra situação em Hoenn com o próprio Max, talvez. Acho que faltou boa vontade, não sei...
    Mas, eu achei bem bonita a sua visão do que o Ash mais velho e como fonte de inspiração para outros treinadores representaria. Quem sabe, não é mesmo? Kk Isso seria o mínimo, caso não achem necessário trazer ele de volta se o novo anime der certo (e também estou torcendo para que sim, mesmo com o aperto no coração).

    Agradeço pelo comentário!! ^-^ Tem algum ep desses que eu detestei que você gostou muito?

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  7. Nossa, muito boa a ideia de trazer a May dessa forma, e seria bom ver o Max atualmente e reparar como ele estaria mais maduro.
    Ficou aquele gosto amargo que poderiam ter feito apenas uns 5 episódios e deixassem um hiato de dois ou três meses até o novo anime. Parece que queriam desgastar um pouco o Ash nesses episódios só para aceitarmos que estava na hora de aposentar ele. Achei que faltou boa vontade também. Nem pra mostrar no último episódio ele formando uma equipe com seus 6 pokémon originais: Pikachu, Bulbassaur, Squirtle, Charizard, Pedgiott e Butterfree. Era só o Squirtle ter voltado com ele naquele episódio e a gangue estaria completa.

    Na verdade não teve nenhum que amei dos que ficaram nas últimas posições, mas eu achei o episódio do Cilan menos interessante que o do Banette. Sei lá, acho que pela questão da entrada da Pokédex virar a trama do ep e o final ser até que emocionante me fizeram gostar um pouco mais. Mas ao mesmo tempo foi terrível não trazer membros antigos da equipe nesse episódio. E o do Cilan, apesar de achar um episódio mais fraquinho, pelo menos tocou meu coração na hora que ele fala Best Wishes para o Ash no final, aquilo foi lindo e infelizmente é o tipo de coisa que vai se perder na dublagem. Aliás, se trouxessem os dubladores originais para esse especial seria emocionante demais, sem brincadeira, iria melhorar os episódios hahahaha. Até porque foram eles que viveram esses momentos nostálgicos.

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  8. Ver a equipe dos 6 primeiros seria perfeito! Se Squirtle tivesse voltado com o Ash e, pelo menos na cena final, ele olhasse para o horizonte com essa primeira equipe... As fanfics que doem no peito. kkkk Esse era o meu medo com Butterfree voltando no final de Jornadas (antes do arco): que não estivesse nos eps finais mesmo, mostrando a interação entre ele e Ash.

    Ah, eu entendo. Na realidade, vi uma boa quantidade de pessoas dizer que o ep do Banette é o melhor do especial. Deixa eu tentar me explicar, porque não discordo de você em achá-lo melhor que o do Cilan. Kkk O ep do Cilan é desinteressante, bem fraco, mas ele tem o Cilan e o Brock voltando e trabalha um Pokémon nunca trabalhado direito no anime, só apareceu rapidinho como uma adição ao time do Gary (ou seja, entrega conteúdo que soma para a despedida, mesmo que pessimamente). Então, mesmo que chato, ele acrescenta ao especial, entende? O do Banette é lindo, ele emociona, faz a gente simpatizar muito com o Pokémon, mas é o único que não traz nenhum personagem de volta, seja humano, seja Pokémon. O único. O do Beartic trouxe alguns Pokémon antigos, por exemplo. Poderia ser o Gliscor no lugar do Gengar, que não apareceu nem quando Ash visitou o laboratório no ep final. O que o ep somou em termos nostálgicos foi muita participação da Jenny e da Joy clássicas, mas como elas estavam aparecendo em Jornadas, acho que muitos outros personagens mereciam mais estar aqui. Então, por isso que defeni ele como tendo um problema de localização, eu não faria o ep deixar de existir, mas colocaria ele como desenvolvimento do Gengar em Jornadas (antes do especial). Se fosse para ser agora, usaria outros Pokémon com Ash, pelo menos. Mas em termos de história em si e emoção, acho ele bem melhor que o do Cilan, sem dúvidas. E pois é, rapaz, o Best Whises acaba comigo. Kkk Queria ver os dubladores originais também, inclusive do Ash, mas se não voltaram antes, tipo a da Misty em Sol & Lua, não sei se voltariam agora... Se bem que o do Brock voltou para o especial do Arceus, se não me engano. Para a despedida do personagem, talvez, volte também. Seria lindo! 😆

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  9. Entendi seu ponto de vista. Realmente, o ep do Banette não adiciona nada para a trama principal e nem na nostalgia. Penso que se fosse um ep da saga principal de jornadas, teria sido unânime, mas como um ep desse especial ele passa essa impressão de perda de tempo.
    Então, eu acho que o do Brock volta, quem sabe o do Cilan e do Tracey também né. A da Misty pode até voltar mas acho difícil, e infelizmente o Fabio Lucindo não deve ser chamado para dublar o Ash nesses 11 eps. Agora, digamos que o Ash continue nos filmes, tipo uma vez no ano ou em raros especiais, aí sim poderiam chamar ele, afinal, não demandaria muito tempo pra fazer, bem diferente de gravar vários episódios em sequência.

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  10. Perdão pela demora! Faculdade. :')

    Seria muito legal ver o Fabio voltar para trabalhos futuros com o Ash. Não sei se quero criar expectativas para isso kkk, mas não acho impossível. Acredito que se ele voltasse para esse especial agora, seria mais fácil que as outras vozes, como a da Misty, voltasse também. Seria tipo "todo mundo voltando". A Equipe Rocket também. 🥺

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  11. Relaxa, eu entendo kkk.
    Sim , seria lindo. Quem sabe um dia. Até hoje não me conformo como não esperaram acabar XY antes de trocar os dubladores. Foi muito do nada kkk

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  12. ^-^
    Pois é! Eu me lembro que fiquei pensando "custava esperar uma temporada"? Até porque a voz que veio casava muito mais com o Ash de Alola do que o de XY&Z. 😅

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  13. Ainda não caiu a ficha que acabou. Foi uma ótima jornada até aqui

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  14. Pois é. :/
    Só parece que é um hiato, como qualquer outro que teve em Jornadas.

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  15. Fábio Almeida14/04/2023, 16:34

    Viajaram. Tem que avaliar baseado em fan service kk

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  16. Eu não exercito a minha mente há 23 anos para isso. Kkkkk Leve na brincadeira, por favor

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